Foi o Vitória de Guimarães a sair vivo da batalha do Minho

Os vimaranenses vão defrontar o vencedor da eliminatória entre o Arouca e o Belenenses.

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O jogo entre Vitória de Guimarães e Sp. Braga foi equilibrado Rui Farinha

O Vitória de Guimarães está nas meias-finais da Taça de Portugal, depois de ter batido o Sporting de Braga no prolongamento do jogo disputado nesta quarta-feira à noite. Os vimaranenses venceram por 2-1 uma partida intensa, mas feia. Houve mais quezílias entre os jogadores do que lances de futebol bem jogado, e a formação da casa acabou por sair viva da batalha.

O encontro teve muitas faltas e paragens e pouco tempo de jogo útil, e para isso acabou também por contribuir o facto de a partida ter começado com o primeiro golo vimaranense. Estavam decorridos apenas 16 segundos de jogo, quando Barrientos inaugurou o marcador. O uruguaio surgiu de surpresa no interior da área, interceptando um mau passe de Leandro Salino, tirou um adversário do caminho e atirou para o golo.

O médio de ataque foi uma das grandes figuras da partida, já que também foi dele o golo que deu o triunfo aos vimaranenses. No prolongamento, Barrientos voltou a surgir no interior da área do Braga a concluir uma boa combinação de Crivellaro e João Ribeiro na esquerda (113’). Esse golo valeu o apuramento do Vitória de Guimarães para a meia-final da Taça de Portugal – vai defrontar uma equipa da II Liga, Arouca ou Belenenses.

Depois do golo, surgiu outro herói vimaranense: o guarda-redes Douglas, que, em três ocasiões, negou o golo do empate ao Braga, que poderia ter levado a decisão para as grandes penalidades. Mas o homem do Vitória impôs-se aos remates de Eder (110’) e, depois, de Carlão (113’) e de Custódio (120’), frustrando as aspirações do Braga.

Além desses lances – e de um outro remate de João Pedro, aos 88 minutos, também defendido por Douglas –, o Braga teve poucas oportunidades de golo durante todo o encontro. Não só porque o jogo esteve muitas vezes parado, por faltas e lesões, mas também por culpas próprias. No onze inicial, José Peseiro surpreendeu ao colocar Salino como defesa-esquerdo, fazendo subir Ismaily. Acabou por ser o homem que era novidade naquela posição a errar no primeiro golo e a solução não convenceu.

Os bracarenses tinham mais posse de bola, até porque estavam obrigados a marcar para anular a vantagem madrugadora do adversário. Mas, nesta fase do encontro, a melhor oportunidade até foi do Vitória de Guimarães, que podia ter ampliado a vantagem ao minuto 21, na sequência de uma boa combinação de ataque, concluída por Marco Matias com um remate por cima.

No segundo tempo, o técnico do Braga corrigiu o erro inicial, com a entrada de Ruben Micael para o lugar de Leandro Salino. A equipa melhorou a partir de então e teve uma excelente oportunidade para empatar, num remate de Eder à barra, na sequência de um livre lateral (65’).

A formação bracarense apostou tudo no ataque, e já com dois avançados em campo, depois da entrada de Carlão, conseguiu finalmente ultrapassar a defesa contrária. Éder voltou a mostrar o instinto matador ao desviar com sucesso um bom cruzamento de Alan, quando faltavam cinco minutos para o final do tempo regulamentar. Mas, no prolongamento, o Guimarães acabou por impor-se.

 

 
 
 

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