Final de Monte Carlo à hora suíça

Os dois melhores tenistas helvéticos da actualidade afastaram Djokovic e Ferrer.

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Federer impôs-se a Djokovic em Monte Carlo Eric Gaillard/Reuters

Stanislas Wawrinka e Roger Federer confirmam a boa forma discutindo a final do primeiro Masters 1000 do ano em terra batida.

Chegou a hora de um suíço conquistar o centenário Monte-Carlo Rolex Masters. Stanislas Wawrinka e Roger Federer acertaram os ponteiros para neste domingo se encontrarem às 14 horas portuguesas no court central do Country Club de Monte Carlo, na procura um título inédito nas suas carreiras; Federer nunca triunfou em Monte Carlo, apesar de três finais entre 2006 e 2008 (perdidas para Rafael Nadal), e Wawrinka nunca conquistou um título Masters 1000.

“Não estou surpreendido pela forma como estou a jogar. Sei que, quando me mexo bem e posso ditar os pontos, jogo sempre bem contra ele”, frisou Wawrinka, após eliminar David Ferrer, por 6-1, 7-6 (7/3). A derrota de Ferrer significa que a final de Monte Carlo não terá nenhum espanhol, o que não acontecia desde 2004 quando o argentino Guillermo Coria venceu o alemão Rainer Schuettler.

Wawrinka entrou muito confiante e com mais poder de fogo, chegou rapidamente a 5-0, antes de fechar o set em 32 minutos. Talvez devido às mais de duas horas gastas na vitória sobre Rafael Nadal na véspera, Ferrer só foi mais igual a si próprio no segundo set. Mas no tie-break, a agressividade de Wawrinka (31 winners contra oito do adversário) foi devidamente premiada e após um dupla-falta do espanhol, o número três do ranking ficou com quatro match-points (6/2), fechando no segundo, ao fim de uma hora e 28 minutos.

Frente a Federer, Novak Djokovic não pôde jogar a 100% devido a uma lesão no pulso que o obrigou a entrar no court com o antebraço totalmente ligado. “Senti que ele não estava a terminar as suas pancadas com tanto top spin como habitualmente. Mas mesmo a 90%, Novak ainda é forte”, reconheceu o número quatro do ranking, depois de derrotar Djokovic, por 7-5, 6-2, em 75 minutos.

De facto, Federer foi o primeiro a obter um break-point, mas teve de salvar os dois set-points (15-40) no jogo seguinte. E quando menos se esperava, o suíço “quebrou”, num jogo em que Djokovic comandou por 40-0, para selar o set com o primeiro ás, em 50 minutos.

Novo break logo no terceiro jogo, confirmou a superioridade de Federer. Ao baixar a intensidade – a velocidade média dos primeiros serviços desceu para os 160km/h –, Djokovic ficou à mercê do suíço e o segundo break surgiu sem surpresa, para 4-1, sentenciando o encontro.

“Agora, vou só descansar. Quanto tempo, não sei, já não está nas minhas mãos”, adiantou Djokovic que, no entanto, afastou a hipótese de ser operado.

A final de hoje será a segunda 100% suíça no ATP World Tour, depois de Marc Rosset derrotar Federer em Marselha, em 2000. Federer tinha 18 anos e estava no 67.º lugar, 10 posições à frente do compatriota, 11 anos mais velho.

Em 14 duelos travados (nunca numa final), Wawrinka só venceu o compatriota uma vez, precisamente em Monte Carlo, em 2009. “Sim, já me lembro; estava a chover e foi cinco dias depois de me casar”, recordou Federer.

 

 

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