A solução para os problemas de Lopetegui voltou a estar no banco

Tal como tinha acontecido frente ao Shakhtar, a aposta em Marcano falhou, mas após a entrada de Quintero e Ruben Neves os “dragões” justificaram o triunfo.

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Foto: Francisco Leong/AFP

Quaisquer semelhanças entre o jogo do FC Porto deste domingo, no Estádio do Dragão, frente ao Sp. Braga, e o de terça-feira, em Lviv, contra o Shakhtar, não é pura coincidência. No campeonato, como na Liga dos Campeões, Julen Lopetegui apostou em Iván Marcano para a posição 6. Em ambas as ocasiões a opção revelou-se um flop, mas depois de o suplente Jackson salvar os portistas na Ucrânia, desta vez a entrada de Ruben Neves e Quintero solucionou o problema aos “azuis e brancos”, que justificaram o triunfo sobre os minhotos, por 2-1.

Foram 45 minutos esbanjados, que podiam ter voltado a custar pontos ao FC Porto. As escolhas iniciais surpreendentes de Lopetegui já deixaram de ser notícia, mas desta vez a inovação do espanhol foi mexer o mínimo dos mínimos. Em relação ao jogo contra o Shakhtar, o basco apenas fez a (obrigatória) troca de Aboubakar por Jackson, mas, ao manter um meio-campo que tinha claramente falhado em Lviv (Marcano-Herrera-Torres), Lopetegui ofereceu a Sérgio Conceição uma oportunidade de ouro.

Perante uma formação bracarense que arriscou muito mais no ataque do que os ucranianos, Marcano nunca deu segurança defensiva aos “dragões” e as óbvias limitações do espanhol na construção de jogo obrigavam Torres e Brahimi a recuarem em demasia no terreno. Em resultado disso, o FC Porto viveu 45 minutos de desequilíbrio táctico, que resultaram numa primeira parte onde o golo esteve sempre iminente nas duas balizas.

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Num ritmo alucinante de parada e resposta, o Sp. Braga ameaçou aos 11’ e 15’, Jackson mostrou-se aos 12’. Sem surpresa, o golo surgiu aos 25’: após um canto, Maicon desviou e Martins Indi fez um golo fácil. Mas o caos organizativo no meio-campo do FC Porto era óbvio e, sete minutos depois, Brahimi recuou, fez um atraso disparatado e Zé Luís aproveitou para empatar. Antes do intervalo, Danilo ainda acertou na barra e os “dragões” pediram dois penáltis na mesma jogada, aos 43’.

O jogo na segunda parte, porém, foi outro. Corrigindo o erro, Lopetegui trocou Marcano e Herrera por Ruben Neves e Quintero e o FC Porto transfigurou-se. Os “dragões” ganharam segurança defensiva e criatividade no ataque e o Sp. Braga deixou de ter espaço para contra-atacar. Aos 50’, Jackson, à meia-volta, deixou o primeiro aviso, mas nove minutos depois o FC Porto voltou à vantagem: Brahimi assistiu Quintero e a técnica do colombiano fez o resto. Pouco depois, na sequência de um livre, o empate esteve iminente, mas o remate de Aderlan foi ao poste e a recarga foi desperdiçada por dois bracarenses.

A equipa de Sérgio Conceição já não tinha via verde para atacar como no primeiro tempo, mas o jogo acabou com mais polémica: Pedro Santos caiu dentro da área numa disputa de bola com Martins Indi, mas Pedro Proença mandou seguir, apesar dos protestos dos minhotos.
 

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