FC Porto vence Sp. Braga numa partida que nenhuma das equipas parecia querer jogar

As duas formações estiveram a pensar na Taça de Portugal, mas dragões foram mais eficazes (1-3).

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O FC Porto passou com sucesso em Braga Miguel Riopa/AFP

O objectivo que ainda anima as temporadas de Sporting de Braga e FC Porto é a Taça de Portugal e quarta-feira as duas equipas têm os embates decisivos nessa competição. Mas antes dos jogos que podem valer um lugar no estádio do Jamor, o calendário do campeonato tinha marcado um embate para a noite deste domingo que ninguém parecia querer disputar. Num encontro jogado quase sempre em ritmo de treino, os “dragões” acabaram por ser mais fortes (1-3).

O condicionamento que as mais-finais da segunda prova nacional implicou no jogo foi evidente desde os alinhamentos iniciais, com ausências de figuras das duas equipas (Danilo, Quaresma e Rusescu) e estreias de jogadores das equipas B dos dois clubes (Victor Garcia do lado "azul e branco", Erivaldo na equipa da casa). Mesmo as substituições feitas pelos dois técnicos pareciam vir no guião escrito antes da partida, com Luís Castro e tirar três dos homens mais utilizados (Fernando, Varela e Jackson) e Paixão a dar minutos a Rafa e Éder, regressados de lesões prolongadas.

Não foi, por isso, estranho que o jogo tenha tido, pelo menos durante uma hora, poucos motivos de interesse. Em especial a primeira parte foi jogada com pouca intensidade, apesar do ascendente dos portistas, que deram o primeiro aviso logo aos 3 minutos, num cabeceamento de Jackson à figura de Eduardo.

Sem que tenha voltado a assustar o guarda-redes da equipa da casa, a formação portuense chegou à vantagem (23’), num lance que começa num passe vertical de Carlos Eduardo para as costas de Núrio. O lateral falhou a cobertura a Varela, deixando caminho aberto para o remate certeiro do internacional português.

Na primeira parte foi especialmente notória a falta de comparência do Sp. Braga, que não fez um único remate à baliza de Fabiano. A inoperância ofensiva da equipa da casa foi de tal ordem evidente que não foi capaz sequer de dar a melhor sequência às várias perdas de bola do FC Porto, na saída para o ataque. Até o único lance que motivou contestação dos adeptos locais (mão de Victor Garcia na grande área) é fruto das descoordenção portista e não do mérito braguista.

A segunda parte trouxe, porém, um Sp. Braga diferente e logo no primeiro lance após o reatamento Pardo surge solto na direita, rematando para boa defesa de Fabiano. O FC Porto respondeu em dois remates de Josué (54' e 57') aos quais Eduardo se opôs bem, mas a equipa da casa não tardaria muito mais a chegar ao golo.

Aos 58 minutos, Pardo tem uma arrancada determinada na direita, cruzando para o primeiro poste, onde Moreno apareceu a desviar com sucesso.

O Sp. Braga cresceu depois do golo e mostrou, finalmente, argumentos para poder reclamar o triunfo e teve três boas ocasiões para fazê-lo, não fosse Fabiano ter-se oposto com qualidade às iniciativas de Pardo (71'), Éder (77') e Rafa (84').

Na melhor fase do Sp. Braga, veio ao de cima a eficácia do FC Porto que, em poucos minutos, acabou com a discussão no encontro. A quatro minutos do fim do tempo regulamentar, Josué, após jogada de insistência, cruzou para a pequena área onde Carlos Eduardo apareceu de cabeça a fazer o golo. Em cima dos 90 minutos, num rápido contra-ataque em que estava em clara superioridade (cinco jogadores contra dois adversários), a formação da invicta estabeleceu o resultado final, através de Quintero.

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