Mangala e os postes

FC Porto conseguiu uma vantagem curta para a segunda mão, mas perdeu duas unidades importantes, Jackson e Fernando, para Sevilha.

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Miguel Vidal/Reuters

Pela segunda vez consecutiva, o FC Porto tem uma vantagem de 1-0 para gerir na segunda mão de uma ronda da Liga Europa. O caminho para as meias-finais passará por defender no Ramón Sánchez-Pizjuán, estádio do Sevilha, a curta liderança na eliminatória garantida pelo golo de Eliaquim Mangala no Dragão. Os portistas ficaram satisfeitos por serem os primeiros nesta prova da UEFA, em casa, a não sofrerem golos do clube espanhol, mas também lamentam as duas bolas que acertaram nos postes e a perda de Jackson Martínez (acumulação de amarelos) e Fernando (expulsão), dois dos seus melhores jogadores, para o segundo jogo.

Nas oito ocasiões em que venceu por este resultado, em casa, na primeira mão das competições europeias, o FC Porto seguiu em frente em cinco. Os últimos exemplos positivo e negativo são recentes: Nápoles e Málaga. Como visitante, obteve esta vantagem quatro vezes e foi eliminado apenas numa. Marcar fora será importante para o FC Porto, que nesta temporada, nos jogos uropeus, só não o fez no Vicente Calderón.

O ascendente inicial portista no encontro traduziu-se em muitos cantos, mas daí não houve perigo real para a baliza de Beto, que regressou às balizas do Dragão, agora como adversário. O guarda-redes esteve num bom nível, impedindo uma desvantagem maior para a sua equipa. O Sevilha, com outro português, Daniel Carriço, no meio-campo, defendeu com eficácia e disciplina.

A pressão dos “azuis e brancos”, que regressaram às vitórias depois do desaire com o Nacional, só deu frutos aos 31 minutos, num lance que começou na rapidez com que Fernando marcou um livre. O luso-brasileiro, que estragou mais uma grande exibição com uma expulsão desnecessária perto do fim, colocou em Quaresma, que, com espaço na esquerda, centrou para o voo decidido de Mangala. O defesa-central francês já partilhava o estatuto de melhor marcador portista e agora destacou-se de Quaresma e Ghilas, chegando ao terceiro golo, sempre de cabeça.

Sete minutos depois, o extremo português rematou de primeira após centro de Jackson, mas Beto negou-lhe o golo com uma boa defesa. O guardião esteve novamente em destaque em cima do intervalo, ao desviar um pontapé de Defour que depois ainda bateu no poste.

O único momento de aflição para Fabiano na primeira metade aconteceu um pouco antes do único golo do jogo. O croata Ivan Rakitic marcou um livre, o brasileiro defendeu para a frente e a bola tabelou em Jackson, acabando por sair pela linha final.

Sem vontade de se expor muito, o Sevilha acabou por beneficiar de um erro do adversário para quase chegar ao empate aos 54’. Mangala tentou controlar a bola perto da sua linha final, mas o lateral-direito Coke roubou-lha, partiu para a baliza e só a intervenção de Reyes travou o remate.

Os colombianos das duas equipas estiveram depois em destaque nas oportunidades perdidas. Jackson não conseguiu enquadrar na baliza um remate que não era fácil e Quintero falhou por pouco num pontapé de fora da área na sequência de um canto.

Carlos Bacca, aos 75’, desferiu um remate à entrada da área que Fabiano não conseguiu segurar e depois foi Kevin Gameiro, um francês com origens portuguesas, quem não conseguiu acertar na baliza, apesar de estar sozinho. Essa foi a grande oportunidade do Sevilha. O FC Porto teve mais uma, já depois da expulsão de Fernando (86’): nos descontos, Quaresma atirou ao poste, depois de a bola sofrer um desvio.

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