Tello prolonga estado de graça e dá triunfo ao FC Porto em Braga

Depois do hat-trick ao Sporting, o espanhol voltou a ser decisivo. Os “dragões” superaram dois testes de fogo nas duas últimas jornadas e continuam a pressionar o Benfica.

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Miguel Riopa/AFP

Cristian Tello voltou a ser fundamental para que o FC Porto somasse mais um triunfo num jogo difícil. O extremo espanhol marcou o único golo do encontro desta sexta-feira, em Braga (0-1), prolongando o estado de graça em que entrou com o hat-trick ao Sporting na jornada passada. Este resultado permite aos “azuis e brancos” ficarem, à condição, a um ponto do líder e colocar pressão sobre o Benfica.

Apesar de estarem frente a frente o segundo e o quarto classificados da Liga, a partida de abertura da 24.ª jornada não teve grande qualidade. O FC Porto esteve quase sempre senhor da bola, mas revelou pouca imaginação na zona intermediária para ultrapassar a estrutura defensiva dos minhotos. Aos “dragões” pareceu faltar sobretudo velocidade na execução. Os únicos rasgos que iam acontecendo no jogo partiam dos pés do repentista Tello já no último terço do terreno. Além do golo do triunfo, o espanhol teve mais três ocasiões para marcar.

Já o Sporting de Braga não fez jus à boa fase por que está a passar no campeonato. A equipa de Sérgio Conceição esteve sempre mais disposta a complicar a tarefa do adversário do que a aventurar-se no ataque. Já em desvantagem, quando precisou de chegar perto da baliza contrária, faltaram já as forças e a clarividência aos seus homens.

A única ocasião de real perigo para os “arsenalistas” aconteceu logo nos minutos iniciais (6’) e foi proporcionada por um erro de um adversário. Fabiano saiu de forma desastrada a um cruzamento, na sequência de um livre lateral, deixando a baliza à mercê de Zé Luís, mas o avançado cabo-verdiano não conseguiu fazer golo e a bola acabou por sair pela linha de fundo, depois de desviar num defesa.

A partir de então o FC Porto passou a dominar o encontro, apesar do pouco gás que colocou na construção de jogo. Foi Cristian Tello quem deu os avisos mais sérios das intenções dos “dragões”. Primeiro (20’), numa iniciativa individual, partiu da direita, rematou cruzado com a perna esquerda, em direcção ao ângulo superior da baliza, mas o guarda-redes do Sp. Braga, Matheus, opôs-se com uma boa intervenção.

Nos minutos finais da primeira parte, o extremo emprestado pelo Barcelona finalizou um bom trabalho individual no interior da área com um cruzamento-remate, que passou bem perto do posto esquerdo da baliza bracarense. Depois, já em tempo de compensação, voltou a dispor de uma boa ocasião, servido por Jackson na entrada da pequena área, mas o camisola 11 rematou por cima da baliza.

Pelo meio (35’), num bom desenho colectivo, iniciado pelo virtuosismo com que Brahimi construiu o contra-ataque, a bola passou por Jackson Martínez, que serviu Herrera. No entanto, o remate do mexicano, bem como a posterior recarga do ponta-de-lança portista, embateram no corpo de adversários.

O início da segunda parte foi ainda mais lento e desprovido de emoção do que a primeira metade. Nesta fase, destaque para a lesão de Jackson Martínez — substituído por Aboubakar —, que deve deixar o colombiano pelo menos fora do jogo da Liga dos Campeões, com o Basileia, na terça-feira. Sérgio Conceição não estava satisfeito com o rendimento da equipa e tentou agitar o jogo, lançando Éder e Salvador Agra, mas o golo do FC Porto não tardaria a surgir.

À entrada para o último quarto de hora do encontro (73’), Tello foi lançado em velocidade por Aboubakar nas costas da defesa bracarense, isolando-se à imagem do que tinha feito no jogo da última jornada, frente ao Sporting, e finalizando ao seu estilo, com um remate cruzado.

A perder, o Sp. Braga tinha obrigação de atacar mais, mas a equipa foi ficando sempre muito curta e tomando opções erradas. Pardo — lançado aos 75 minutos para o lugar de Pedro Santos — ainda pediu falta quando caiu na grande área num contacto com Alex Sandro, depois de uma boa iniciativa individual, mas o jogo prosseguiu. E os lances de ataque da equipa da casa pareceram sempre atabalhoados.

O momento de maior perigo junto à baliza portista aconteceu aos 81’, num livre lateral batido de forma tensa por Tiago Gomes, que Maicon desviou para canto, segurando um triunfo num terreno difícil, onde até esta sexta-feira só o Sporting tinha vencido.

 


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