O tranquilo Jackson Martínez acalmou os nervos no Dragão

O colombiano fez os dois golos da vitória do FC Porto sobre o Sp. Braga. “Dragões” não venciam há três jornadas e, com este triunfo, alcançam o Benfica na frente da Liga.

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Jackson já leva 10 golos na Liga Foto: Francisco Leong/AFP

O FC Porto sobreviveu àqueles que foram provavelmente os seus piores 45 minutos de uma época que não tem sido marcada pelas boas exibições antes de aparecer Jackson Martínez para resolver o jogo com o Sporting de Braga no Estádio do Dragão e fazê-lo regressar aos triunfos (2-0), depois de três jogos sem vencer. Um resultado que Paulo Fonseca espera que dê tranquilidade à sua equipa, algo que lhe faltou até o colombiano inaugurar o marcador no início da segunda metade. O Sp. Braga foi mais competente do que o adversário na primeira etapa, mas não criou praticamente nenhum perigo durante os 90’ para a baliza de Helton. Os “dragões”, que chegaram a este encontro com apenas uma vitória nos seis jogos anteriores, fizeram por merecer o sucesso após o intervalo.

No recinto portista, que acolheu um minuto de silêncio em honra de Nelson Mandela, defrontaram-se dois clubes que queriam demonstrar que valem mais do que as posições que ocupavam quando iniciaram a 12.ª jornada (3.º e 8.º). Logo de entrada, percebeu-se que era o Sp. Braga que vinha de uma vitória depois de vários resultados negativos na Liga e o FC Porto que tinha acabado de perder uma invencibilidade que durava há anos.

Com um bloco muito compacto que dava pouco espaço ao adversário, os minhotos controlaram o jogo. Jesualdo Ferreira, saudado pelos adeptos portistas no seu regresso ao Dragão, montou uma equipa que arranjou maneira de parecer ter mais jogadores em campo e de dificultar as linhas de passe aos visitados. Pardo ocupou a vaga de Ruben Micael no “onze”, mas foi Alan que preencheu a posição do médio-ofensivo português em campo. 

Difícil foi perceber qual o tamanho da responsabilidade do Sp. Braga no jogo do campeão nacional, tão má foi a sua primeira parte. Os seus jogadores, protagonistas de inúmero passes errados e de vários equívocos, jogaram sobre brasas, com um medo paralisante de errar – como uma equipa em crise - , ao ponto de até o fiável Alex Sandro parecer ter as chuteiras trocadas. Notava-se a falta do suspenso Fernando, mas era mais do que isso. O primeiro remate da equipa surgiu aos 34’, mas foi mesmo o mais perigoso de toda a primeira parte, com Eduardo a negar o golo a Josué.

Paulo Fonseca colmatou a lesão de Lucho chamando Carlos Eduardo ao intervalo oo, mas o que salvou a sua equipa foi a eficácia de Jackson, que do nada fez um golo (48’) que alterou completamente os nervos e o comportamento da equipa. Acalmou-se, Defour e Varela “libertaram-se”, começou a ganhar as segundas bolas e a levar o perigo à baliza de Eduardo. Entre os minutos 51 e 58, através de Josué, Jackson e Herrera, esteve perto de conseguir dobrar a vantagem em três ocasiões. O Sp. Braga já não ganhava todos os duelos, não tapava todos os buracos, nem conseguia jogar tanto no meio-campo portista. Fez menos do que o seu potencial.

E quando o FC Porto voltava a tentar adormecer o jogo, o que lhe custou caro noutras ocasiões, voltou a surgir Jackson para fazer o 2-0 (80’). O centro foi de Varela, mas o passe decisivo foi de Defour. Os “dragões” aproveitaram o deslize do Benfica. Kelvin, de quem o FC Porto precisou para bater o Sp. Braga na época passada no Dragão, teve finalmente oportunidade de jogar alguns minutos na Liga, e os aplausos voltaram ao Dragão.
 
 

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