Moreirense não resistiu ao FC Porto no jogo de todas as contrariedades

“Dragões” venceram com naturalidade no Minho e esperam agora pelo desfecho do derby para saber quanto irão lucrar.

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O FC Porto fez a sua parte no arranque da 20.ª jornada e, por isso, Julen Lopetegui já pode centrar as atenções no derby de domingo. O treinador espanhol, que tinha assumido que o Sporting-Benfica não lhe interessava, viu neste sábado a sua equipa impor-se com naturalidade no terreno do Moreirense (0-2) e encurtar, provisoriamente, para três pontos a desvantagem para o líder do campeonato.

Reorganizar o meio-campo para o embate com os “dragões” foi o principal quebra-cabeças dos minhotos, que viram partir os titularíssimos Vítor Gomes e Filipe Melo no mercado de Inverno e não podiam contar com André Simões, castigado. Avançaram Djibril (ex-Sp. Braga B), Diogo Cunha e Battaglia para o miolo e compôs-se parte do puzzle. Mas Miguel Leal perdeu mais duas peças por lesão ao longo da primeira parte (Cardozo, aos 2’, e André Marques, aos 31’) e foi novamente obrigado a improvisar, com Leandro Souza (um avançado mais móvel que o paraguaio) e Elízio.

Mais estável em todos os domínios, o FC Porto cedo tomou as rédeas do encontro, com paciência e qualidade na circulação, especialmente quando a bola passava pelos pés de Óliver Torres. Aos 12’, criou o primeiro lance de perigo, com Maicon a surgir na cara do guarda-redes e a queixar-se de ter sido tocado no pé direito. Aos 28’, inaugurou mesmo o marcador: Herrera apareceu na cabeça da área e fez um passe picado que Jackson, depois de uma rápida desmarcação, transformou no 16.º golo na prova - e no golo 5.000 do clube na história do campeonato.

O Moreirense, que aos 13’ tinha posto a defesa visitante em sentido, com um contra-ataque a que Arsénio não deu o melhor seguimento, perdia sobretudo a batalha do meio-campo, ainda que na maior parte das vezes o povoasse com cinco unidades. E ao permitir os avanços de Herrera (sempre com muita bola no último terço) e de Óliver via o adversário multiplicar as linhas de passe e as opções junto à grande área.

Sem forçar muito, o FC Porto estava confortável em campo e assim continuou no regresso dos baneários. Aos 55’, Tello esteve próximo do 2-0 (o remate saiu a centímetros do poste); aos 62’, era Quaresma quem estava mais bem colocado mas o espanhol, com olhos apenas para a bola, perdeu-se no seu próprio labirinto individual.

Entre esses dois momentos, porém, os “dragões” sentenciaram o jogo. Herrera, muito influente nas acções ofensivas, surgiu no lado esquerdo do ataque e cruzou para o segundo poste, onde Casemiro se limitou a empurrar para as redes.

O vencedor estava encontrado (ainda que João Pedro, aos 65’, tenha fugido à marcação dos centrais e surgido cara a cara com o guarda-redes Fabiano) e Julen Lopetegui ainda teve margem de manobra para chamar de novo à realidade do futebol português Brahimi e Aboubakar (regressados da CAN, foram lançados nos últimos minutos).

Agora, os “azuis e brancos” ficam à espera do desfecho do Sporting-Benfica, para saberem quanto vão lucrar, de facto, com esta jornada.

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