Da Áustria chegaram boas notícias, mas o FC Porto voltou a ajudar o Zenit

Uma vitória em Madrid tinha garantido aos portistas o apuramento para os oitavos-de-final da Liga dos Campeões, mas os “dragões” acabaram derrotados pelo Atlético e foram relegados para a Liga Europa.

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O desalento do portista Jackson Martínez Dani Pozo/AFP

Maior percentagem de posse de bola, um penálti falhado, quatro remates à barra e ao poste, melhores oportunidades e uma derrota na despedida da Liga dos Campeões. Tal como tinha acontecido na jornada anterior, o FC Porto contou com a ajuda de terceiros — vitória do Áustria Viena frente ao Zenit —, mas perante uma das equipas mais cínicas do futebol europeu, o desperdício dos “dragões” custou muito caro. Com o desaire frente ao Atlético, os portistas terminaram a fase de grupos com apenas cinco pontos, igualando o pior registo de sempre dos “azuis e brancos” na competição.

No currículo do FC Porto na fase de grupos da Liga dos Campeões neste século, a época 2005-06 era uma mancha num percurso quase sempre bem-sucedido, mas Paulo Fonseca passará a constar nos arquivos “azuis e brancos” por ter igualado o registo de Co Adriaanse. À época, os portistas acabaram mesmo em último lugar, atrás do modesto Artmedia, agora o FC Porto apenas não tem o mesmo destino porque vence no confronto directo com o Áustria Viena.

Os portistas entraram para a última jornada com uma certeza: ganhar não bastava. Para conseguir o segundo lugar, necessitavam também de um improvável deslize do Zenit, na Áustria. E os russos, tal como tinham feito na jornada anterior, estenderam a passadeira vermelha aos “dragões”. Só que a formação de Paulo Fonseca voltou a ser a melhor aliada de Hulk e companhia.

Os primeiros minutos deixaram a sensação que haveria um bom FC Porto em Madrid. Com Lucho recuperado, os portistas assumiram o controlo e estiveram perto do golo aos 8’ (Jackson acertou na barra). Com o desenho táctico fetiche de Fonseca (Defour ao lado de Fernando) e Josué num flanco, os portistas pareciam aproveitar as muitas ausências do lado espanhol. Mas mesmo mudando os nomes dos protagonistas, este Atlético de Simeone não muda de aparência. Aos 14’, Raúl Garcia teve pouca oposição de Maicon, rematou de forma acrobática de ângulo difícil e contou com o golpe de vista de Helton para marcar um grande golo. O lado cínico dos colchoneros começava a vir ao de cima.

O FC Porto reagiu à desvantagem com desperdício para dar e vender. Aos 21’, Varela imitou Jackson e acertou na barra, aos 27’ Josué confirmou a inabilidade “azul e branca” na marcação de penáltis (Aranzubia defendeu) e, aos 36’, Jackson acertou no poste. Os portistas podiam queixar-se da falta de sorte e o Atlético foi mais pragmático: poucos segundos depois do terceiro remate dos “dragões” aos “ferros”, Diego Costa surgiu isolado perante Helton, fintou o guarda-redes e fez o 2-0. Era o game over para os portistas na Liga dos Campeões

Na segunda parte, apesar das boas notícias que chegavam da Áustria, o FC Porto surgiu mais amorfo. Fonseca ainda arriscou ao trocar Lucho por Ghilas, mas excluindo um remate de Licá ao poste, houve pouco perigo para a baliza de Aranzubia.

Segue-se agora a Liga Europa para os portistas, que apenas se podem queixar de si próprios.

Grupo G
Atlético de Madrid-FC PORTO, 2-0
Áustria Viena-Zenit S. Petersburgo, 4-1

1.º Atlético de Madrid     6 jogos/16 pontos
2.º Zenit S. Petersburgo    6/6
3.º FC PORTO    6/5
4.º Áustria Viena    6/5
 
 
 
 
 
 
 
 

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