FC Porto joga no Olímpico de Roma a primeira “final” da temporada

Após o empate a um golo na primeira mão, os “dragões” vão ter que marcar na capital italiana para manterem em aberto a possibilidade de jogarem a fase de grupos da Liga dos Campeões

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O FC Porto está obrigado a marcar no Olímpico de Roma Reuters

Onze dias depois de disputar o primeiro jogo oficial na época 2016-17, o FC Porto terá esta noite, em Roma, a primeira “final” da temporada. Com um importuno empate a um golo registado na primeira mão realizada no Estádio do Dragão, os “azuis e brancos” vão entrar no Olímpico de Roma com a certeza que apenas terão possibilidades de alcançarem pela sexta vez consecutiva a fase de grupos da Liga dos Campeões se marcarem frente aos romanos. Nos duelos anteriores frente a equipas da capital italiana, os “dragões” apuraram-se sempre, mas a formação portuense nunca apontou um golo em Roma.

Desde que, no virar do século, a Liga dos Campeões passou a contar na fase de grupos com a participação de 32 equipas, o FC Porto apenas por três vezes não marcou nessa etapa da mais importante competição europeia de clubes. A primeira aconteceu em 2001-02, quando os “dragões” foram afastados pelo Anderlecht no play-off (0-1 e 0-0). Nas restantes (2002-03 e 2010-12), os portistas apenas se apuraram para a Liga Europa, onde não se deram nada mal: em ambas as ocasiões, o FC Porto venceu a competição.

Apesar de terem terminado a época em sucesso nas duas últimas ocasiões em que foram relegados para a fase de grupos da segunda prova da UEFA, a realidade financeira da Liga dos Campeões e da Liga Europa torna o duelo desta noite um jogo de capital importância para o FC Porto. Só por entrarem na fase de grupos, FC Porto terá direito a 12 milhões de euros, podendo os “dragões”, em caso de vitória na competição, arrecadar um valor próximo dos 50 milhões. Na Liga Europa, no melhor cenário, o triunfo na competição valerá cerca de 15 milhões de euros.

Perante este cenário, Nuno Espírito Santo terá a sua primeira grande prova de fogo como treinador do FC Porto e para ter sucesso necessitará obrigatoriamente que conseguir algo inédito na história dos “azuis e brancos”: marcar em Roma. Apesar de os portistas terem saído vencedores nas duas eliminatórias em que tiveram pela frente equipas da capital italiana, os dois jogos dos “dragões” no Olímpico de Roma terminaram sempre com um empate a zero. No entanto, olhando para o historial da AS Roma nas provas europeias na última meia dúzia de anos, é pouco provável que o duelo entre romanos e portuenses termine com um nulo. Desde 16 de Dezembro de 2009, data em que a AS Roma vence na Bulgária o CSKA Sofia, por 3-0, os italianos disputaram 30 partidas nas provas europeias e por uma vez (na época passada, em casa, contra o BATE Borisov) não sofreram terminaram o jogo sem sofrer golos.

A estatística será, no entanto, o menor dos problemas para Luciano Spalletti. Apesar do bom resultado alcançado há uma semana no Porto e da entrada com o pé direito no campeonato italiano (vitória por 4-0 frente à Udinese), o treinador italiano vai ter alguns problemas complicados para resolver no sector defensivo na elaboração do “onze” que vai defrontar os portistas. Do quarteto defensivo que jogou na primeira mão no Estádio Dragão, é certo que o central belga Thomas Vermaelen não vai jogar devido a castigo, enquanto Alessandro Florenzi e Kostas Manolas estão em dúvida devido a lesão, sendo muito provável que internacional italiano não esteja apto para o confronto.

Do lado dos portistas, Nuno Espírito Santo optou por levar 20 jogadores para Roma e as novidades na convocatória “azul e branca” são os regressos de Evandro e Alex Telles, jogadores que no sábado falharam o jogo para o campeonato contra o Estoril devido a lesão e castigo, respectivamente. De fora contra a formação da Linha por opção técnica, Danilo e André André devem recuperar o lugar no “onze”, havendo ainda a possibilidade de o mexicano Layún jogar no meio campo.

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