FC Porto fica-se pelo empate em duelo com adversário da Champions

André Silva (8') e Chicharito Hernández (58') assinaram os golos da tarde.

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André André jogou de início na equipa do FC Porto DR

O FC Porto encerrou esta quarta-feira, no Belkaw-Arena, em Bergisch Gladbach, com um empate (1-1) frente ao Bayer Leverkusen, o estágio de pré-época realizado na Alemanha (Kamen) e na Holanda.

Para defrontar um adversário de nível Champions, Nuno Espírito Santo reservou o melhor "onze" possível nesta fase de reconstrução da equipa, surgindo desde logo uma novidade entre os titulares, com Bueno (vindo de paragem prolongada) a actuar de início e Brahimi na condição de suplente. Felipe e Otávio eram os únicos "reforços" nesta equipa.

Os alemães entraram a todo o vapor na tentativa de surpreender o FC Porto, parecendo empenhados em compensar o atraso de 15 minutos na chegada ao estádio (justificado com o trânsito) e que obrigou a adiar o início da partida.

Casillas teve mesmo que aplicar-se para travar o ímpeto germânico, garantindo, com uma defesa de recurso, que desta feita o “dragão” não se deixaria surpreender, virando assim a página do estigma que o treinador quer ver erradicado.

Sortilégio a que André Silva respondeu com um golo de puro oportunismo, quando estavam decorridos 8' de jogo, finalizando a dois tempos uma jogada de insistência de Otávio, rapidíssimo a explorar o excesso de confiança de Papadopoulos junto à bandeirola de canto.

Desfeito o feitiço do ataque relâmpago, os alemães desligaram o turbo na tentativa de perceberem de que forma poderiam organizar-se para recuperar a desvantagem, passando a mandar e a controlar a posse de bola.

Chicharito Hernández teve, até, a resposta certa no calcanhar errado, acabando a praguejar com os deuses depois de falhar, de baliza escancarada, o golo que nivelaria as contas.

Ao Bayer não restava outra solução que não fosse pegar no jogo e intensificar a pressão, na esperança de poder explorar nova falha portista. Só que Casillas estava concentrado e seguro, evitando o empate na sequência de um canto. As bolas paradas eram a melhor arma da equipa de Leverkusen, mas Papadopoulos não conseguiu redimir-se com um belo golpe de cabeça porque Iker voltou a brilhar.

Na resposta, isolado por Corona, André Silva tentou o chapéu a Ozcan, mas a bola foi pingar nas malhas, perdendo-se o bis do avançado português.

Com a batalha do meio-campo a pender para o lado alemão, o FC Porto ripostava com Corona e Otávio, dupla que colocava em sentido um adversário de choque, mas com problemas para controlar as estocadas dos extremos portistas.

Para a segunda parte, o FC Porto devolveu a gentileza e deixou o Bayer Leverkusen à espera do reinício. Nuno Espírito Santo trocou oito jogadores, deixando apenas os centrais Felipe e Marcano e o lateral Layún (este mais adiantado, cedendo a lateral a Telles) para garantir a estabilidade nos primeiros minutos.

O Bayer voltou a imprimir o ritmo e a falhar uma boa situação para igualar, com o remate de Hakan Çalhanoglu a dar sensação de golo. Curiosamente foi pelo eixo que o "dragão" cedeu, com Chicharito a iludir a marcação e a justificar a fama de goleador.

Depois do golo, o FC Porto “dispensou” os centrais e deu minutos à dupla Chidozie e Reyes, musculando o ataque com a entrada de Aboubakar.

Num quadro de permanentes ajustes, o FC Porto tentava recuperar a vantagem, mas os alemães pareciam imperturbáveis, continuando instalados no meio-campo portista. 

O resultado estava encontrado, penalizando a menor eficácia alemã, que apesar do número de oportunidades e do controlo não conseguiu contornar um "dragão" guerreiro e disponível, a começar a mostrar o alcance da sua chama.

Pelo FC Porto alinharam: Casillas; Maxi, Felipe, Marcano e Layún; André André e Herrera; Corona, Bueno e Otávio; André Silva. Jogaram ainda: José Sá, Varela, Alex Telles, Rúben Neves, Brahimi, Evandro, João Carlos Teixeira, Adrián López, Chidozie, Reyes, Aboubakar

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