Boletim meteorológico anuncia ténue melhoria de tempo no Dragão

O FC Porto regressou às vitórias no campeonato com um triunfo frente ao Paços de Ferreira, por 3-0. Numa partida demasiado “cinzenta”, Quaresma, de penálti, Jackson e Ricardo marcaram os golos portistas.

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Quaresma apontou o primeiro golo do FC Porto frente ao Paços de Ferreira Miguel Riopa/AFP

A Autoridade Nacional da Protecção Civil tinha alertado para a possibilidade de haver neste domingo, na cidade do Porto, “condições para a formação de fenómenos extremos mais localizados”, mas, no Estádio do Dragão, apenas nos primeiros 30 minutos surgiram “condições adversas” para o FC Porto. Apesar de o resultado ter sido muito melhor do que a exibição, os “dragões” venceram o Paços de Ferreira, por 3-0, e ficam à espera do que vai acontecer terça-feira, se a meteorologia e a cobertura do Estádio da Luz permitirem, entre Benfica e Sporting.

O resultado foi excelente, a exibição voltou a estar repleta de momentos débeis e, como consequência de mais uma prestação nebulada do FC Porto, no final do jogo, os jogadores e treinadores portistas ouviram mais assobios do que aplausos dos seus adeptos.

Os dois golos nos instantes finais da partida, ajudaram a camuflar uma vitória sofrida da equipa de Paulo Fonseca, frente a um Paços de Ferreira que, apesar de ter começado melhor, não teve armas ofensivas para ripostar quando ficou em desvantagem.

Tal como tinha acontecido quatro dias antes frente ao Estoril, ficou claro que há um problema no meio-campo “azul e branco”. Apesar do regresso de Fernando, Fonseca não pôde contar com Carlos Eduardo, e a dupla Herrera-Josué mostrou-se fácil de anular. Sem criatividade, o futebol portista foi sempre previsível e, na primeira parte, foi o Paços de Ferreira que mandou no jogo. Sem Buval e Carlão, Henrique Calisto lançou Minhoca, um jovem açoriano que deu nas vistas no Santa Clara, e os pacenses estiveram perto do golo aos 17’ (Seri) e 25’ (Del Valle).

Com um futebol insipiente até aí, o FC Porto esteve pela primeira vez perto do golo aos 34’ (Jackson), mas em cima do intervalo a estratégia de Calisto ruiu: Herrera rematou e a bola, depois de ressaltar em Bebé, foi de encontro ao braço de Seri. Cosme Machado marcou penálti, Quaresma agradeceu, e o FC Porto, sem ter feito muito por isso, foi para o intervalo a vencer.

Sem soluções ofensivas no banco, o Paços de Ferreira ficou sem argumentos para reagir, e a segunda parte foi muito mais tranquila para Paulo Fonseca.

Aos 50’, Josué esteve perto de marcar, na primeira jogada vistosa do FC Porto na partida, mas depois o jogo tornou-se ainda mais “cinzento” e apenas na sequência de bolas paradas os dois guarda-redes eram incomodados. O “magro” 1-0, ajustava-se como uma luva ao que se tinha passado na partida, porém, nos últimos minutos, o resultado final mascarou-se.

Aos 87’, Jackson, até aí muito discreto, fez o segundo golo do FC Porto e reassumiu a liderança dos melhores marcadores do campeonato e, já em período de descontos, Ricardo, que tinha entrado poucos segundos antes, aproveitou um brinde de Degra para fixar o resultado final.
 

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