Estoril apenas assim-assim ganhou, xeque-mate para Paulo Fonseca?

Um golo de Evandro, de penálti, aos 77 minutos, garantiu aos estorilistas a vitória no Dragão. A terceira derrota do FC Porto nas últimas seis jornadas terá puxado definitivamente o tapete ao treinador portista

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Evandro marcou o golo do Estoril Rafael Marchante/reuters
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Paulo Fonseca tem sido muito contestado Miguel Riopa/AFP

Mais de cinco anos depois, o FC Porto voltou a perder em casa. Nas últimas seis jornadas, os portistas foram derrotados por três vezes. Nas competições europeias, os “dragões” estão perto da eliminação e não venceram qualquer jogo no seu reduto. Qual é a margem de manobra que sobra para Paulo Fonseca? Apesar de a exibição dos “dragões” nem ter sido das piores esta época, a derrota, por 0-1, frente ao Estoril, foi a gota de água para os adeptos “azuis e bancos” que não esconderam a sua insatisfação no final da partida.

Após o jogo da Liga Europa a meio da semana, Paulo Fonseca disse que esperava, na próxima semana, vencer em Leverkusen. E o equívoco do treinador – o FC Porto vai jogar em Frankfurt – pode não ter sido totalmente descabido. Depois de mais uma derrota, a sétima da época em jogos oficiais, Fonseca revelou “que vai ter uma conversa com o presidente” e, na próxima quinta-feira, o (ainda) treinador do FC Porto pode já não ter a oportunidade de tentar derrotar o Eintracht, em Frankfurt.

E o FC Porto que Paulo Fonseca viu perder frente ao Estoril até esteve bem melhor do que em alguns jogos recentes. O problema manteve-se (Herrera e Josué não são Moutinho e Lucho), o meio campo nunca empurrou a equipa para a frente, mas Varela e Quaresma tentaram camuflar as debilidades dos companheiros.

Quase todas as investidas dos “dragões” partiram de iniciativas dos dois extremos, que eram obrigados a procurar zonas centrais para empurrarem a equipa para a frente, mas se há uns meses Jackson resolvia, agora o avançado colombiano tem sido presa fácil para defesas minimamente competentes.

Frente a um Estoril “coxo” no ataque devido à ausência de Sebá, o FC Porto apenas conseguiu criar perigo aos 35’ e 41’ (remates de longe de Josué e Varela), mas no início da segunda parte pareceu surgir melhor. Só que Vagner, com um par de boas defesas, ajudou a enervar ainda mais os “dragões”.

Obrigado a vencer, Fonseca lançou Ghilas, que 17 dias antes tinha oferecido aos portistas o golo da vitória frente ao Estoril, na Taça de Portugal, mas aos 77’, Mangala derrubou Evandro na área, foi expulso, e o médio brasileiro do Estoril, na transformação do penálti, deu o golpe final no “dragão”.

Depois, houve dois livres de Quaresma mas, com as bancadas repletas de lenços brancos, Vagner voltou a defender e ofereceu o segundo lugar ao Sporting e a possibilidade do Benfica entrar nas 10 últimas jornadas com sete pontos de avanço sobre o FC Porto.

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