Tony Martin (Etixx-Quick Step) é um especialista de contra-relógio, mas já mostrou que sabe ganhar etapas longas. Já o tinha feito em 2014 e voltou a fazê-lo nesta terça-feira, triunfando na quarta etapa da Volta a França em bicicleta, a mais longa da prova, 223,5km entre Seraing e Cambrai.

No dia em que a prova entrou em França, depois de se ter iniciado na Holanda e ter passado pela Bélgica, o ciclista alemão, não só venceu a etapa, como também conseguiu conquistar a camisola amarela, tirando o britânico Chris Froome (Sky) do comando da geral.

A poucos quilómetros da meta, Martin, que mudou de bicicleta durante a etapa, conseguiu escapar-se ao pelotão, terminando com três segundos de vantagem em relação a um primeiro grupo, onde estavam incluidos Froome, Alberto Contador (Tinkoff-Saxo), Nairo Quintana (Movistar) e Vincenzo Nibali (Astana). A vantagem de Martin, que venceu a sua quarta etapa no Tour, para Froome na geral é de apenas 12 segundos.

“Toda a gente no grupo pensava que eu estava no meu limite. E estava! E ninguém esperava um ataque tão longe da meta. Estava tudo de joelhos e era o momento certo para atacar. Arranjei uma força extra. Sabia que teria algumas hipóteses se chegasse isolado ao último quilómetro. Este Tour tem sido uma montanha-russa”, disse no final o ciclista alemão, que cortou a meta em cima da bicicleta do seu colega de equipa Matteo Trenti, por causa de um furo.

O melhor português do dia foi Rui Costa (Lampre), que terminou no 38.º lugar a 51s de Martin, mantendo-se, igualmente, como o melhor português da geral, no 25.º posto, a 4m10s do novo camisola amarela.

Com maior atraso para o primeiro chegaram Nelson Oliveira (Lampre), em 45.º, a 1m55s, e Tiago Machado (Katusha), em 56.º, a 3m23s. Na geral, Machado é 48.º (a 10m13s) e Oliveira ocupa o 51.º lugar, a 10m17s de Martin.