Estrelas e ausências na natação em Kazan

Portugal será representado por cinco atletas na piscina da Kazan Arena, onde não estará o norte-americano Michael Phelps.

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Os EUA são favoritos à conquista do maior número de medalhas PIERRE-PHILIPPE MARCOU/AFP

Arranca hoje a natação no Campeonato do Mundo de Kazan, na Rússia, a especialidade mais esperada do evento. A um ano dos Jogos Olímpicos, revelará como está a hierarquia de forças para o Rio de Janeiro, mas nunca será um barómetro absoluto, dada a distância temporal, as variações nos momentos de forma e algumas ausências, com a mais famosa a ser a de Michael Phelps.

Os EUA, como habitualmente, entram na prova como grandes favoritos a dominarem a tabela de medalhas. A selecção norte-americana será liderada pelas suas duas jovens estrelas femininas, Katie Ledecky (18 anos) e Missy Franklin (20).

Ledecky, detentora do recorde mundial nas três distâncias em que é especialista (400m, 800m e 1500m livres), está em grande forma, e vai tentar renovar os seus títulos. Até agora, em termos de resultados, o ano de Franklin tem sido mais discreto, mas a nadadora californiana, a mais vitoriosa há dois anos, com seis medalhas de ouro, pode mostrar outro nível na Rússia.

O sempre presente Ryan Lochte, ainda que com um calendário menos carregado do que é habitual, é outro dos líderes da selecção e tentará, nomeadamente, sagrar-se campeão pela quarta vez seguida nos 200m estilos.

Hoje é já dia para perceber o que vale actualmente Sun Yang, outra das grandes figuras do Mundial anterior. No ano passado, o chinês cumpriu uma suspensão de três meses por doping.

Neste primeiro dia vão realizar-se quatro finais, os 400m livres e os 4x100m livres, em ambos os sexos. Na estafeta masculina, a França tentará manter uma invencibilidade que dura há três anos, desde o Europeu de 2012 e que se manteve nos Jogos de Londres e no Mundial de Barcelona.

No entanto, os franceses não poderão contar com Yannick Agnel, também campeão mundial dos 200m livres, que, devido a doença, não estará em na competição. De fora ficou também a super-estrela da modalidade, Michael Phelps, um castigo imposto pela federação do seu país por ter conduzido embriagado em 2014. O australiano James Magnussen, actual bicampeão mundial dos 100m livres, e o japonês Kosuke Hagino falham a prova por lesão.

A representação portuguesa estará a cargo de Diogo Carvalho (200 e 400 estilos e 200 bruços), Alexis Santos (400 estilos e 50 costas), Nuno Quintanilha (100 e 200 mariposa), Ana Catarina Monteiro (100 e 200 mariposa) e Victoria Kaminskaya (200 e 400 estilos e 200 bruços). Ficar entre os 16 primeiros será o objectivo de topo – e muito difícil de atingir – para qualquer um dos cinco atletas.

A melhor classificação de um nadador português num Mundial aconteceu em 1986, quando Alexandre Yokochi foi 5.º nos 200 metros bruços. Essa foi também a única final a que Portugal conseguiu chegar.

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