“Estes não são os italianos que habitualmente conhecemos”, Joachim Löw

Seleccionador alemão falou em conferência de imprensa

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Joachim Löw está alerta em relação à Itália Foto: Patrik Stollarz/AFP

Joachim Löw, seleccionador da Alemanha, tem noção da força da selecção italiana, mas não tem medo da equipa de Antonio Conte. Em conferência de imprensa, o seleccionador alemão falou da sua equipa, da equipa italiana, do duelo dos quartos-de-final e da derrota frente à Itália, no Euro 2012.

A quatro dias do Alemanha-Itália dos quartos-de-final do Euro 2016, Löw reconhece que a vitória convincente frente à Eslováquia, nos oitavos-de-final, “é um primeiro passo”, mas adverte que a equipa “não vai entrar em euforia”. “Não juntei a minha voz aos que nos enterraram depois do jogo com a Polónia, nem aos que nos colocaram a etiqueta de grandes favoritos frente à Eslováquia" - continou Löw, vincando: “Eu acho que esta deve ser a hora da modéstia e da humildade”.

Acerca do próximo adversário da Alemanha, o treinador adverte para uma Itália diferente do habitual: “Estes não são os italianos que habitualmente conhecemos. Eles não estão concentrados apenas na defesa, mas jogam também muito bem ao ataque”. Löw lembrou que “durante o torneio todos enterraram a Itália” e demarcou-se dessa desvalorização aos italianos: “Nunca acreditei nisso. Eu sabia que eles tinham qualidade e que podiam ser fortes”.  

O seleccionador alemão explicou o que vê na equipa de Antonio Conte, dizendo que “é uma equipa feita de experiência e de classe, com uma base defensiva”, predicados que, para Löw, “são os pré-requisitos para vencer um torneio”. “É uma Itália melhor do que a de 2008, 2010 e até do que a de 2012” – terminou.

Joachim Löw prevê “um jogo fechado”, no próximo sábado, dado que a Itália “defende, por vezes, com nove ou dez jogadores e reduz totalmente os espaços”. Sobre o ponto forte da defesa italiana, Löw destaca o trio de centrais da Juventus (Bonnuci, Barzagli e Chiellini): “Eles têm uma defesa que joga junta há muito tempo, podem jogar até de olhos fechados”.

Questionado sobre se este será o pior adversário possível para a Alemanha, o seleccionador germânico mostra confiança: “Não temos medo dos italianos. Temos confiança no nosso potencial e, se conseguirmos explorá-lo, temos boas hipóteses de ganhar este jogo”.

Joachim Löw falou ainda da diferença de idades entre as duas equipas e da influência que esse factor possa ter na frescura física dos jogadores: “Nós temos a equipa mais jovem e eles têm a equipa mais velha, mas eles têm tempo suficiente para descansar (…) Eles têm ainda uma pequena vantagem: no terceiro jogo da fase de grupos puderam poupar alguns jogadores”. “Não acho que o físico desempenhe um papel importante” – concluiu o seleccionador alemão.

Sobre o Alemanha-Itália da meia-final do Euro 2012 (vitória italiana por 1-2), Löw recordou que “a ideia era isolar o Pirlo, mas o plano não funcionou e eu assumi essa responsabilidade” e acrescentou: “Pensei sobre esse jogo e essa derrota muito dolorosa ajudou-me muito. Foi uma boa lição”. Texto editado por Jorge Miguel Matias

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