“Estamos nos dando ao luxo de fazer a Copa em 12 estados diferentes”

Aldo Rebelo, ministro do Desporto, defende que o Brasil estaria bem com ou sem Mundial. Garante que o povo brasileiro quer a Copa do Mundo e diz que os “velhinhos do Restelo tomaram conta dos media”.

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Aldo Rebelo, fotografado em Lisboa, em 2012 Rui Gaudêncio

Comunista e antigo jornalista, Aldo Rebelo é o membro do Governo federal brasileiro responsável por dois dos mais marcantes projectos do actual Brasil: organizar o Mundial de futebol neste ano e os Jogos Olímpicos em 2016. Em Brasília, recebeu o PÚBLICO no Ministério do Desporto, um edifício na ponta da enorme praça na capital brasileira onde se concentram os poderes executivo, legislativo e judicial. Durante meia-hora, Aldo Rebelo falou tranquilamente, sem levantar a voz, mas com frases fortes para rebater as muitas críticas de que o Governo tem sido alvo.

Há poucos dias disse, não sei se a sério ou a brincar, que é bem mais difícil a selecção do Brasil ganhar a Copa do que o país organizar o Mundial de futebol. Mas visto de fora, parece que o Brasil está com mais dificuldades fora do campo. Concorda?
Aldo Rebelo – Não. A Copa é um empreendimento que não guarda nem mistério, nem segredo. O Brasil já fez coisas bem mais difíceis, mais importantes, mais misteriosas do que organizar a Copa do Mundo. Esta é a 20.ª Copa do Mundo, 19 outras foram organizadas com pleno sucesso. Nunca uma Copa deixou de ser realizada por problemas de organização. Já fazemos estádios há muito tempo, construímos o maior do mundo, o Maracanã, para uma Copa do Mundo [em 1950], que realizámos com êxito, não fosse perdermos a final contra o Uruguai.

Estamos reformando e ampliando os aeroportos. Os nossos aeroportos estão prontos, os civis e um grande número de aeroportos militares, que vão ajudar a receber as delegações da Copa. Dos estádios, seis ou sete já foram entregues. Só a desinformação ou a torcida para dar errado pode imaginar que nós vamos ter problemas na Copa. O senhor é português. Muito mais difícil do que organizar dez Copas do Mundo foi a expedição do Pedro Teixeira pela bacia do Amazonas: saiu de Belém e chegou ao Quito em dois anos. A expedição do Raposo Tavares, a chamada bandeira dos limites, é que foi uma coisa difícil. Construir Manaus no coração da selva, carregando pedra de Portugal para fundar um forte na beira do Rio Negro, foi muito mais difícil. Foi muito mais difícil construir Manaus e Cuiabá, com os bandeirantes, do que organizar uma Copa. Não tem problema nenhum em organizar a Copa.

Então por que por todo o Brasil ouvimos a frase “Imagina na Copa”? Estamos parados no trânsito do Rio, ouve-se “imagina na Copa”. Há problemas na construção dos estádios, ouve-se “imagina na Copa”. Acha que aqui há pessimismo?
Aqui não, nós herdámos isso de Portugal, sendo que agora os velhinhos do Restelo tomaram conta dos media. Os navegadores não têm porta-voz no Brasil. Os que saíram para as aventuras nas grandes navegações no Brasil não têm voz. Só têm voz o pessimismo, o derrotismo, o complexo de vira latas — como disse o grande Nelson Rodrigues —, os narcisos às avessas que cospem na própria imagem. Esses tomaram conta dos media, mas enquanto isso os estádios estão sendo construídos, os aeroportos estão sendo reformados, as vias de acesso estão sendo criadas e a selecção brasileira se prepara para ganhar o seu sexto título.

Uma questão muito discutida é o investimento nesse Mundial. Vai atingir o tecto de 33 bilhões [mil milhões] de reais (10 mil milhões de euros)?
A Copa [2014] e as Olimpíadas [2016] juntas no Brasil vão custar menos do que as Olimpíadas de Inverno [2014] organizadas na Rússia. O Brasil não está gastando com a Copa. A Copa é um empreendimento privado. O que o Brasil está investindo é em obras de mobilidade urbana, em aeroportos, no metro, em VLT (Veículo Leve sobre Trilhos), em ampliação das linhas de acesso, duplicação de avenidas, pontes para facilitar o tráfego nas metrópoles, obras que estavam inscritas no Programa de Aceleração de Crescimento (PAC), antes de se falar em Copa do Mundo no Brasil. Isso não está sendo gasto com a Copa, está sendo gasto com infra-estrutura urbana, gasto que seria feito com ou sem Copa do Mundo. O que ocorre é que nas cidades-sede da Copa nós antecipámos esses investimentos, para que as obras ficassem prontas a tempo da Copa.

Quais são esses valores de que fala para a Copa e as Olimpíadas, que são inferiores aos custos da Rússia?
Nós devemos gastar em torno de 25 bilhões de reais [7800 milhões de euros] nas obras de infra-estruturas e empréstimos para os estádios, porque não estamos dando dinheiro para os estádios. Os 12 estádios receberam uma oferta de empréstimo no valor de até 400 milhões de reais. Desses 400 milhões, alguns estádios tomaram o empréstimo total. Outros não tomaram nem um centavo, como foi o caso aqui de Brasília, e outros tomaram um pouco menos de metade, como foi o do Paraná, outros um pouco mais de metade, como foi o caso do Internacional. Mas foram empréstimos, alguma renúncia fiscal de matéria-prima usada na construção dos estádios que o Ministério do Esporte avalizou e essas obras de mobilidade urbana. [O último valor divulgado oficialmente no Portal da Transparência é de 25,9 bilhões de reais, mas o valor poderá subir para perto dos 28 bilhões].

E os Jogos Olímpicos?
Ainda não temos [os valores finais] porque as obras ainda estão a ser licitadas. Mas vai ficar em torno desse valor da Copa do Mundo [7800 milhões de euros].

Mesmo não havendo dinheiro do Governo federal nos estádios, há dinheiros públicos porque alguém vai ter de pagar os empréstimos e muitos estão sendo assumidos pelos governos estaduais...
Sim. Mas alguns também são PPPs [Parcerias Público-Privadas], como o Rio Grande do Norte.

Recordo-me de ver declarações de 2007 em que se dizia que não haveria dinheiros públicos para os estádios, que seriam 100% privados…
Não sei quem falou isso.

Foi o então ministro do Desporto, Orlando Silva…
Sei que, do Governo federal, o que há são empréstimos e alguma renúncia fiscal. E há estádios que são dos estados. De qualquer forma, são recursos muito modestos perto dos 240 bilhões de reais que o Brasil pagou no ano passado só de juros da sua dívida pública e de que a imprensa não reclama, naturalmente porque os bancos são grandes investidores em publicidade.

Essa mesma imprensa de que reclama também tem falado muito das derrapagens financeiras nos valores dos estádios. Quando o Brasil apresentou a candidatura à FIFA, previa-se um gasto de 2,6 bilhões de reais. E hoje já está nos 8 bilhões. O que explica esta diferença?
[O assessor de imprensa intervém para dizer que este valor de 2,6 bilhões é de um rascunho feito pela Confederação Brasileira de Futebol em 2007, com apenas cinco cidades-sede, porque nessa altura ainda nem estava decidido quantas cidades receberiam o Mundial. O primeiro valor, diz, rondava os 5,6 a 6 bilhões de reais].

O Brasil é um país muito caro, com uma carga tributária muito elevada. O preço da mão-de-obra também é elevado, há escassez de mão-de-obra especializada. Os custos, de facto, cresceram muito, tanto os públicos como os privados.

Muita gente pensa que esta Copa poderia ser uma grande oportunidade, mas já não vai ser. O Romário já o disse e até o Carlos Alberto Parreira falou do “descaso” com as concessões dos aeroportos. Acha que o Brasil vai ficar melhor depois da Copa?
O Brasil ficaria melhor com a Copa ou sem a Copa. O Brasil tem uma economia estável, é um dos principais países a atrair investimentos internacionais. Somos a maior fronteira agrícola do planeta, a maior fronteira mineral do planeta, somos hoje também uma potência energética. O Brasil é um destino relevante de investimentos internacionais. Com ou sem Copa, estaríamos de facto melhores no cenário mundial. Com a Copa do Mundo, evidentemente essas possibilidades se ampliam muito. Há estudos de consultoras nacionais e internacionais, como a Ernst & Young e a Fundação Getúlio Vargas, que apontam como um dos impactos sócio-económicos, só para a Copa do Mundo de 2014, a criação de 3,6 milhões de emprego no Brasil e um acréscimo de 0,4% no PIB pelo menos até 2014. A nossa agenda aqui no Ministério do Esporte é de convites e de pedidos de audiência de delegações internacionais de investidores e de gente que quer encontrar uma oportunidade no Brasil a partir da Copa e das Olimpíadas, o que demonstra que – independentemente do resultado em campo, que é muito importante, porque é uma Copa do Mundo de futebol – o Brasil já alcançou um êxito muito grande ao organizar esses dois eventos. A Olimpíada do Rio de Janeiro, em Março de 2012, antes dos Jogos de Londres, já arrecadara mais em patrocínios do que as Olimpíadas de Londres. Para o Brasil está a ser um grande momento para oportunidades e geração de emprego.

Já o ouvi dizer várias vezes que os elefantes brancos não fazem parte da fauna do Brasil. Portugal organizou o Europeu de 2004 e a África do Sul o Mundial de 2010. Também havia expectativas de gerar emprego, turismo e achava-se que os estádios, sendo multiusos, poderiam ter outras utilizações. A verdade é que tanto em Portugal como na África do Sul há vários estádios em situações difíceis. No Brasil será diferente?
Acho que pode ser diferente. Esses estádios não estão sendo construídos em cidades isoladas do circuito de desenvolvimento do país. São todas metrópoles, que são destinos turísticos importantes, como Natal (que tem voos frequentes para a Europa), Manaus (que segundo uma pesquisa do Ministério do Esporte é o terceiro destino turístico mais cobiçado do país, depois do Rio de Janeiro e de São Paulo), Cuiabá (está encravada num bioma único no planeta, que é o Pantanal matogrossense). Então essas cidades já são destinos de turismo importantes e já têm uma actividade de futebol importante. Recebem jogos de grandes clubes do Brasil e não têm estádios. No ano passado, estivemos perto de uma tragédia em Natal, num jogo entre o Palmeiras e o clube mais popular da cidade, que é o ABC, porque não havia um estádio capaz de comportar as pessoas que queriam ver um jogo. Um clube de Manaus participou de um jogo contra o Vasco e não tinha um estádio para acolher esse jogo.

Mas estádios de 40 mil lugares em Manaus ou de 70 mil em Brasília, cidades onde não há equipas de I Divisão, podem ser rentabilizados?
Pode não haver times de I Divisão, mas há torcidas de I Divisão. Em Espanha, há clubes regionais, porque não se imagina um sujeito de Madrid torcendo pelo Barcelona, nem um cara de Bilbau torcendo pelo Real Madrid. Aqui não. Se for em Manaus, Natal, Fortaleza ou Recife, o Flamengo e o Palmeiras têm enormes torcidas. Esses clubes estão jogando por lá. E eu tenho sido procurado por organizadores de eventos, porque essas empresas que organizam circuitos de celebridades e de cantores querem contratar esses estádios. O do Palmeiras, que não é para a Copa e é um estádio particular, já tem calendário para quando for inaugurado em São Paulo.

No Brasil, a população pede escolas e hospitais padrão FIFA, lançando acusações de corrupção aos governantes. Como reage a essas vozes do povo?
Não são vozes do povo. O povo está aguardando a presença das selecções da Alemanha, Portugal, Espanha, França. O povo quer a Copa do Mundo. Mas como há uma disputa eleitoral, grupos que se opõem ao Governo e à Presidente da República, organizam e dão a aparência de movimento a essas consignas que representam o interesse da oposição. O povo não está interessado nisso. O povo está interessado na Copa, o povo gosta de futebol.

A Copa vai ter consequências políticas para as eleições?
Não.

Se o Brasil ganhar a Copa, vai ser mais fácil a Presidente Dilma Rousseff ser reeleita?
Não creio. Essa é a 20.ª Copa e até hoje a história do Brasil não regista nenhuma vitória ou derrota que tenha influenciado o resultado eleitoral e geralmente coincide ter Copa do Mundo em ano de eleição presidencial. Os Presidentes ganham ou perdem independentemente do resultado do Brasil na Copa.

Nas obras dos estádios, já aconteceram vários acidentes mortais. Pensa que os atrasos geraram maior pressão e pressa, aumentando o risco de acidentes?
Todos os acidentes são investigados por órgãos de controlo e da Justiça do Trabalho. Só os laudos podem explicar as causas dos acidentes.

Muita gente tem-se queixado que várias obras de mobilidade, como vias exclusivas para autocarros ou portos, foram adiadas, fazendo com que o legado da Copa não seja assim tão legado como se previa…
Mais de 90% das obras que foram incluídas na Matriz de Responsabilidade [o documento com a lista de obras previstas para o Mundial] serão entregues. As que não forem entregues na época da Copa, serão entregues um pouco depois.

A Taça das Confederações no ano passado ficou marcada pelas manifestações fora dos estádios. Vê com preocupação a hipótese de novos protestos durante o Mundial?
Tivemos protestos durante a Copa das Confederações e a Copa aconteceu normalmente. Não há por que se preocupar com manifestações. Elas são um direito constitucional assegurado à população e aquilo que extrapolar para a violência também a Constituição prevê o tratamento para esses casos.

Não há nenhum plano especial para lidar com eventuais manifestações?
É o que está na lei. Não vamos ultrapassar o que está dentro da Constituição e da lei, que prevêem como se enfrentam as manifestações, tanto as pacíficas como as violentas.

O Brasil teve sete anos para organizar a Copa e fomos ouvindo declarações pouco habituais da FIFA. O secretário-geral usou a famosa expressão de que o Brasil precisava de um chuto no traseiro e ainda recentemente o presidente da FIFA disse que o Brasil está mais atrasado do que África do Sul estava. Já sentiu que a FIFA se arrependeu de ter atribuído ao Brasil a organização do Mundial 2014?
Nunca perguntei isso à FIFA, nem vou perguntar. E também não sei quais são os hábitos da FIFA. O que sei é que o Brasil está organizando, vai realizar a Copa do Mundo com grande êxito e vai ganhar a Copa do Mundo. Para nós, isso é suficiente.

Disse recentemente que nunca foi a um casamento em que a noiva não estivesse atrasada. Mas, na verdade, o Brasil, na Copa de 2014, é mais a Igreja ou o dono do banquete, do que a noiva. Pode garantir que em Junho os estádios, os aeroportos, os hotéis e a segurança estarão prontos para o Mundial?
Já está pronto. Se quiséssemos fazer a Copa do Mundo inteira num único estado do Brasil, faríamos. Temos a condição de fazer a Copa do Mundo só no estado de São Paulo: São Paulo, Campinas, Ribeirão Preto, Presidente Prudente, Sorocaba. Só o estado de São Paulo era suficiente para essa Copa. Nós estamos nos dando ao luxo de fazer essa Copa em 12 estados diferentes. Então para quê haver preocupação? O Brasil tem infra-estrutura, capacidade, experiência de fazer coisas mais difíceis e mais importantes do que a Copa do Mundo.

Mas se era possível fazer o Mundial num só estado, para quê construir 12 novos estádios em 12 estados?
Porque somos um país-continente. Não queríamos a Copa do Mundo em um estado, queríamos em todo o país. A Amazónia representa dois terços do nosso território e é uma parte importante da nossa identidade. Não tinha como fazer uma Copa do Mundo no Brasil sem a Amazónia, sem o Pantanal matogrossense, sem o Sul do Brasil. Por essa razão, estamos fazendo a Copa em 12 cidades-sede.

Se olharmos para a imprensa europeia, há várias preocupações em relação ao Mundial no Brasil. Que pode não haver hotéis suficientes, que os preços vão ser demasiado elevados, que o Brasil não é um país seguro, que vai haver problemas no trânsito. Como reage a estas preocupações e o que pode dizer aos adeptos europeus?
Que venham para o Brasil. As estações de metro no Brasil são mais seguras do que as estações de metro na Europa. Os aeroportos no Brasil são mais seguros do que os aeroportos europeus. Pela probabilidade e exposição ao risco, os aeroportos e estações de metro da Europa estão estatisticamente mais sujeitas a atentados do que as do Brasil. Uma revista francesa [France Football] falou da Copa do medo. Só posso dizer que a Copa do Mundo no Brasil será mais segura e muito mais bem-sucedida do que a intervenção francesa no Mali. Não há por que se preocupar. Os torcedores europeus encontrarão no Brasil um ambiente de fraternidade, de confraternização, de acolhida, que talvez não conheçam na Europa. Sobre a preocupação com a violência social e o crime, que é um problema sério no Brasil, estamos tomando medidas para reduzir a exposição ao risco dessa violência, não só aos torcedores e aos convidados, mas também à nossa população. Lamentavelmente tivemos atentados nas Olimpíadas de 1972, nas de Atlanta de 1996, antes da Olimpíadas de Sochi, houve atentados em cidades da Rússia. Estamos trabalhando para reduzir esse risco no Brasil, de modo a que haja segurança dentro e fora dos estádios. Esse é o nosso trabalho.

Sobre os Jogos de 2016, o estádio olímpico está fechado por problemas na cobertura, o complexo Deodoro está atrasado. No Rio de Janeiro 2016, haverá a repetição desses atrasos que estamos a ver no Mundial 2014?
Temos o calendário das Olimpíadas em 2016 em dia. Os recursos estão disponíveis, as obras estão sendo realizadas. Às vezes há impedimentos burocráticos, que precisam de ser removidos, porque há 300 federativos trabalhando – algumas são do governo federal, outras da prefeitura e outras do governo estadual.

Mas já vieram a público algumas preocupações do Comité Olímpico Internacional, especialmente sobre o sistema de transportes do Rio de Janeiro…
Há obras para melhorar o sistema de transportes e providências para que essa acção corrija as deficiências durante as Olimpíadas.

Está arrependido de ter assumido a pasta do desporto em Outubro de 2011, com esses dois grandes eventos pela frente?
Não. Já enfrentei desafios maiores, quando presidi à União Nacional dos Estudantes, na época da ditadura militar, para lutar pela democracia e pela amnistia. Foi muito mais difícil. Tinha menos idade e menos experiência. E recentemente relatei o código florestal brasileiro, que foi muito mais difícil do que organizar essa Copa e essas Olimpíadas. Foi muito mais solitário e era uma batalha de ideias. Aqui não. É um roteiro. Sabe-se o que precisa ser feito. Construir estádios, fazer reforma dos aeroportos, organizar um sistema de transportes eficiente, um sistema de segurança pública, de protecção às delegações e aos torcedores. Aqui é mais simples. É muito mais trabalho, mas muito menos mistério e segredo.

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