Estados Unidos garantiram o título mundial em 16 minutos

A selecção de futebol feminino norte-americana bateu o Japão na final.

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Jogadoras norte-americanas com o troféu de campeãs do mundo nas mãos Rich Lam/AFP

Uma entrada demolidora dos Estados Unidos, liderados pelo "furacão" Carli Lloyd, resolveu domingo a final do Mundial feminino de futebol em escassos 16 minutos, perante o detentor do troféu, Japão (5-2), em Vancouver, no Canadá.

Carli Lloyd, eleita a melhor jogadora do mundial (Bola de Ouro), marcou aos três, cinco e 16 minutos, com o hat-trick a ser escrito com um impressionante remate de meio-campo, já depois de, aos 14', Lauren Holiday ter apontado o terceiro.

Frente a uma equipa que havia vencido todos os jogos do torneio por um golo, as norte-americanas resolveram tudo muito cedo, com o 4-0, conseguindo ainda um quinto golo na segunda parte, aos 54 minutos, por Tobin Heath.

Yuki Ogimi, aos 27 minutos, e Julie Johnston, aos 52', na própria baliza, apontaram os golos das nipónicas, que viveram um verdadeiro pesadelo em Vancouver.

Os Estados Unidos conquistaram, assim, 16 anos depois, o seu terceiro ceptro, repetindo 1991 e 1999, e isolando-se na liderança do ranking da prova – a Alemanha tem dois. Somam ainda quatro títulos olímpicos e sete da CONCACAF.

A formação norte-americana entrou determinada, ao ataque, a querer mandar no jogo e marcou logo ao primeiro remate, com Llloyd a surgir solta no centro da área e a desviar de pé esquerdo, após canto na direita de Megan Rapinoe.

O segundo ataque das norte-americanas redundou no segundo golo, ao segundo remate, dois minutos volvidos: Holiday marcou um livre na direita, perto da linha final, e após um ressalto, Lloyd bisou, agora de pé direito.

Com dois golos de avanço tão cedo, a formação comandada por Jill Ellis continuou a acelerar e, aos 14 minutos, chegou o terceiro: Heath centrou da direita, Iwashimizu cabeceou muito mal e, de primeira, Holiday fuzilou.

As japonesas, perdidas, reuniram-se numa roda e tentaram despertar-se umas às outras, mas o pesadelo prosseguiu dois minutos depois, com um golo incrível de Llloyd, que selou o hat-trick com um remate sobre a linha do meio-campo.

O encontro estava mais do que decidido, com míseros 16 minutos disputados, mas Lloyyd quase conseguiu o póquer, aos 18', e Alex Morgan também esteve perto de facturar, aos 24'.

O quinto golo das norte-americanas parecia inevitável, mas, aos 27 minutos, foi o Japão que reduziu, por Yuki Ogimi, após centro de Kawasumi. Hope Solo ainda tocou na bola, mas foi batida, 540 minutos depois (3-1 à Austrália, a abrir).

Animadas, por momentos, as nipónicas tentaram o segundo logo a seguir, mas Miyama rematou fraco. Até ao intervalo, Norio Sasaki fez duas substituições, mas foi Llloyd que voltou a ameaçar chegar ao seu quarto golo, aos 42 minutos.

Os Estados Unidos reentraram para a segunda metade determinados em chegar ao quinto, que ameaçaram em remates de Ali Krieger e Morgan Brian, só que, aos 52 minutos, foi de novo o Japão a facturar, num desvio infeliz de cabeça de Julie Johnston, após um livre de Aya Miyama.

A resposta foi imediata. Após um canto na esquerda, marcado por Alex Morgan, Kaihori evitou que a bola entrasse directa, Morgan Brian ganhou ao segundo poste e tocou atrasado para Tobin Heath apontar o quinto das norte-americanas.

Faltavam ainda 36 minutos, mas todos perceberam que o jogo estava, definitivamente, acabado. As japonesas ainda tentaram reduzir, mas os Estados Unidos também podiam ter chegado ao sexto, nomeadamente por Alex Morgan.

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