No primeiro assalto das meias-finais da Liga Europa ninguém ficou KO, mas Villarreal e Sevilha partem para a segunda mão da competição, que será disputada na próxima semana, com vantagem para marcarem presença, a 18 de Maio, na final que terá como palco o St. Jakob-Park, em Basileia. Em Villarreal, o Liverpool conseguiu defender-se durante 90 minutos, mas um golo nos descontos de Adrián López, avançado cedido pelo FC Porto, garantiu à equipa dos arredores de Valência a vitória. Na Ucrânia, o Sevilha ficou mais perto de se tornar a primeira equipa a conquistar por três vezes consecutivas o troféu, após empatar a dois golos com o Shakhtar.

À semelhança do que aconteceu na Liga dos Campeões, na Liga Europa as equipas espanholas alcançaram resultados positivos na primeira mão das meias-finais e, para não variar, o Sevilha está mais uma vez muito perto de marcar presença no jogo decisivo da competição. A formação andaluza, que na última década conquistou quatro vezes a segunda prova mais importante da UEFA, viajou até Lviv e conseguiu uma igualdade com sabor a vitória.

Com Daniel Carriço no “onze”, os sevilhanos precisaram de apenas seis minutos para marcarem — golo de Vitolo, assistido por Gameiro —, mas o Shakhtar, que na ronda anterior afastou o Sp. Braga, conseguiu dar a volta ao resultado e chegar ao intervalo na frente do marcador: o brasileiro Marlos (23’) e Stepanenko (36’) fizeram os golos dos ucranianos.

Na segunda parte, o Sevilha assumiu o controlo, mas sofreu um revés aos 72’, quando o internacional dinamarquês Krohn-Dehli, que tinha entrado 10 minutos antes para o lugar de Konoplyanka, sofreu uma lesão grave no joelho. Com Coke no lugar de Krohn-Dehli, o Sevilha continuou a procurar o empate e Gameiro, que aos 75’ viu um golo ser anulado, acabou por dar justiça ao resultado após converter uma grande penalidade por falta de Ferreyra sobre Vitolo.

No El Madrigal, em Villarreal, o Liverpool esteve a escassos segundos de garantir um precioso nulo, mas no final foram os adeptos do “submarino amarelo” que fizeram a festa. Numa partida mais disputada do que bem jogada, os espanhóis foram sempre mais perigosos e o avançado Cédric Bakambu esteve por duas vezes muito perto de marcar. O francês acertou no poste da baliza inglesa aos 46’ e, a três minutos dos 90, viu um remate seu ser parado por uma excelente defesa do guarda-redes belga Mignolet.

Com alguma sorte à mistura, a organização defensiva dos “reds” parecia que ia manter o nulo na partida. No entanto, no segundo minuto do período de descontos, a equipa de Jürgen Klopp foi ao tapete: Denis Suárez conseguiu ganhar espaço na direita e assistiu o (ainda) portista Adrián López, que tinha substituído Soldado aos 74’, que só teve que empurrar para o fundo da baliza.