Hulk aproveitou e desperdiçou os erros portistas no empate com o Zenit

O avançado brasileiro marcou à antiga equipa e falhou depois um penálti. FC Porto complicou o apuramento na Liga dos Campeões.

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Helton defendeu um penálti de Hulk Alexander Demianchuk/Reuters
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Ao FC Porto dava-lhe imenso jeito a vitória, mas o melhor que conseguiu foi empatar (1-1) com o Zenit em São Petersburgo. O resultado permite-lhe manter aspirações, mas o apuramento para os oitavos-de-final da Liga dos Campeões dependerá, em princípio, do trajecto perfeito nas duas últimas jornadas e ainda de uma escorregadela da equipa russa. O FC Porto dominou a primeira parte, inaugurou o marcador, mas voltou a pagar caro pelos erros infantis da defesa. Só não pagou muito caro, porque Hulk, que aproveitou a primeira oferta da antiga equipa, desperdiçou a segunda, permitindo que Helton defendesse a sua grande penalidade.

A equipa de Paulo Fonseca continua na terceira posição do Grupo G com menos um ponto do que o Zenit, mas durante o jogo houve tempo para todos os cenários parecerem plausíveis. O triunfo do FC Porto esteve mais perto de acontecer na primeira metade. Nessa altura, dominou, contando também com algum consentimento do adversário, interessado em ter muito espaço para Hulk correr na frente. Treze dos seus 21 remates (dos quais só quatro foram verdadeiramente perigosos em todo o jogo) aconteceram nos primeiros 45 minutos. Mas não chegou ao intervalo a vencer, porque Alex Sandro e Helton fizeram algo semelhante ao que Mangala fez no Restelo e abriram caminho para um golo de Hulk de baliza aberta, tão fácil como os mais simples dos 77 que marcou ao serviço dos portistas.

Depois do intervalo, com nove dos seus 13 remates a surgirem neste período, foi melhor o Zenit, equipa que o FC Porto continua a não conseguir derrotar — esta quarta-feira, desaproveitou a quarta oportunidade. Mas Helton redimiu-se, ao evitar o segundo golo de Hulk (num penálti) e ao frustrar o isolado Arshavin.

Até ao golo de Lucho González — o único portista capaz de marcar como visitante nesta Liga dos Campeões, depois de também ter facturado em Viena —, os dois concorrentes pelo segundo lugar trocaram golpes sempre a partir de fora da área. Aos 23’, Danilo, autor da única exibição positiva de uma defesa que cometeu muitos erros, especialmente nas saídas com bola, cruzou da direita e o argentino marcou com um cabeceamento bem colocado.

Os “azuis e brancos” tinham feito o mais difícil, mas apenas cinco minutos depois fizeram o mais improvável: Shirokov pode ter sido o último a tocar na bola antes de Hulk contornar Helton e rematar sem oposição, mas foram os antigos colegas a oferecerem-lhe o golo. Helton e Alex Sandro ficaram a pensar que o outro resolveria, não atacaram a bola e os adeptos da casa no Estádio Petrovski festejaram o empate. Hulk não celebrou, mas o golo contou na mesma.

Aleksandr Kerzhakov, que segundo a UEFA superou Oleg Blokhin, no Dragão, como o jogador do antigo bloco soviético com mais golos nas provas europeias (27), tinha entrado pouco antes, substituindo o português Danny (lesão), mas Hulk voltou a provar ser o jogador que merecia mais atenção dos portistas.

Apesar das boas exibições de Fernando e Defour, o Zenit subiu mais no terreno na segunda parte, mas voltou a necessitar da colaboração visitante para a próxima oportunidade flagrante. Otamendi, que tinha feito o mesmo no duelo no Dragão, entregou a bola a um adversário em zona proibida e depois cometeu penálti (corte com o braço). Valeu ao FC Porto que Hulk se “redimiu” da “traição” (52’) e não conseguiu enganar o n.º 1 portista.

Sempre com mais ascendente dos russos, o jogo disputou-se de área a área nos últimos 25 minutos. Jackson Martínez (69’) e Varela (88’) obrigaram Lodygin a boas defesas e Helton fez o mesmo perante Arshavin (73’) e num livre de Hulk (90+3’), que reclamou um pouco antes um empurrão de Mangala na área. 
 
 
 
 

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