O presidente da mesa da assembleia geral (AG) do Sporting, Eduardo Barroso, deu a entender na quinta-feira que só marcará uma eventual reunião magna do clube depois do fecho do mercado de transferências, a 31 de Janeiro.

 “O Sporting precisa de serenidade para resolver os seus problemas”, disse Eduardo Barroso, que voltou a reunir-se na quinta-feira com Godinho Lopes, presidente do clube.

“Há um mês de Janeiro fundamental para a reestruturação do plantel. É em Janeiro que se fazem dispensas e se compram e vendem jogadores”, acrescentou o líder da AG “leonino”, para quem “os sócios têm o direito de ser ouvidos, mas isso tem de ser feito com toda a calma, para não perturbar”.

Numa altura em que o movimento Dar Rumo ao Sporting já reuniu o número de assinaturas e a verba (30 mil euros) necessários para convocar uma AG, Eduardo Barroso surge agora com um discurso mais apaziguador.

O médico não quis revelar o teor da conversa com Godinho Lopes, que tem recusado demitir-se, apesar de várias correntes de sócios o terem exigido.

“Há uma reestruturação financeira que está em marcha, na qual deposito grandes esperanças”, disse ainda Eduardo Barroso, mostrando ter pouca pressa na convocação da AG.

“Os estatutos vão ser cumpridos à risca, nos timings próprios, mas quem decide isso sou eu, que sou o presidente da mesa da AG, respeitando a instituição e os sócios”, acrescentou Eduardo Barroso, após a cerimónia da entrega das bolsas de estudo pelo Leões de Portugal, numa unidade hoteleira de Lisboa.

O líder da AG explicou ainda que “os serviços do clube estão a verificar” se as assinaturas entregues são válidas, se a verba para a realização da reunião magna foi realmente conseguida e aguarda ainda que o movimento Dar Rumo ao Sporting apresente uma razão de justa causa, como consta dos estatutos, para a convocação da assembleia.