Novak Djokovic proclama-se “rei” da Austrália

O sérvio conquista o quinto título em Melbourne, um novo recorde na Era Open, após derrotar o escocês Andy Murray

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Ninguém se sente melhor a jogar ténis na Austrália do que Novak Djokovic. O sérvio conquistou aqui o seu primeiro título do Grand Slam, em 2008, e tem, ao longo dos anos, mostrado em Melbourne o seu melhor ténis e as suas capacidades físicas e mentais — como a final de 2012, em que venceu Rafael Nadal ao fim de quase seis horas. Neste domingo, voltou a exibir as qualidades que o colocam como indiscutível líder do ranking mundial e derrotou Andy Murray ao fim de um encontro de grande intensidade, que levou o ex-número um mundial de pares, Todd Woodbridge, a apelidá-lo de “ténis de ficção científica”.

“A força de vontade que tive hoje é a razão porque estou aqui agora”, resumiu Djokovic, após vencer, por 7-6 (7/5), 6-7 (4/7) 6-3 e 6-0, em três horas e 39 minutos. “Foi uma grande batalha como se previa, muito semelhante à final do Open de 2013; duas horas e meia nos dois primeiros sets, muito físico, muito desgastante. Estou contente por ter acreditado até ao fim”, explicou o sérvio de 27 anos.

As primeiras duas horas e meia foram muito equilibradas, com alterações momentâneas no marcador. A meio do segundo set, dois activistas invadiram a Rod Laver Arena, enquanto outros, na bancada, exibiram um pano com a inscrição “Australian Open for Refugees”. Murray aproveitou esses minutos extra de paragem para regressar ao court e fazer o break. Mas, a 6-5, não conseguiu fechar e só no tie-break é que se superiorizou, ao fazer o 5/2 num ponto de 26 pancadas.

O segundo set, concluído em 80 minutos (mais oito que a partida anterior), teve a sua influência em Djokovic, que acusou alguns problemas físicos. “Senti apenas fraqueza, que não tinha força nas minhas coxas. Não podia pedir assistência porque não havia razão”, explicaria mais tarde.

Mas Djokovic recuperou e com a emoção ao rubro, assinou mais um break, para 5-3, que quebrou animicamente o adversário. “Tantas vezes! Como é que podes fazer isto a ti próprio? Como?”, gritou Murray. E no quarto set, o escocês já não foi adversário, tendo ganho somente 11 pontos. Enquanto Djokovic oferecia a raqueta a um fã, o escocês partiu a dele. “Foi claro que ele estava com cãibras e eu deixei que isso me distraísse um pouco. Isso é que é o mais frustrante”, admitiu Murray.

Este foi o oitavo título do Grand Slam de Djokovic que o colocam no oitavo lugar da lista de vencedores de majors, ao lado de Andre Agassi, Jimmy Connors, Ivan Lendl, Fred Perry e Ken Rosewall. “Salvei alguns break-points a 3-3 do terceiro set, consegui o break e vencer a partida. Depois disso, senti um enorme alívio, senti que podia bater sem pressão na bola e senti que o ascendente estava do meu lado e quis usá-lo”, revelou o vencedor, premiado com dois milhões de euros e orgulhoso pelo seu “primeiro Grand Slam como marido e pai”.

O último dia do Open da Austrália, que este ano registou uma afluência recorde de 703.899 visitantes, viu ainda Martina Hingis regressar aos títulos do Grand Slam, Ao lado do indiano Leander Paes, a suíça de 34 anos, venceu a prova de pares mistos, 16 anos depois do seu terceiro título consecutivo em singulares.

 

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