Dakar em evolução

A um dia de paragem forçado, apenas na competição, porque todos tiveram de seguir para La Paz, segue-se agora um dia de descanso que todos concordarão vai saber muito bem. Oportunidade, então, para falar de algumas mudanças que estão a ser visíveis neste Dakar 2017.

Ter um piloto com o background, como o Marc Coma, à frente da organização de uma prova com esta envergadura, é fundamental, porque ele tem uma visão e uma experiência que é muito relevante. Ninguém melhor do que quem faz um Dakar e lhe conhece as dificuldades e características para a estruturar.

Obviamente que os organizadores têm outras dificuldades (logísticas, autorizações) em mãos, mas penso que a junção do Marc Coma aos outros elementos da organização que já lá estavam, como o Étienne Lavigne, é uma mais-valia porque permite a esta grande prova evoluir.

A prova tem apresentado percursos variados e a incursão na Bolívia, para além da dificuldade da altitude, que trouxe de volta uma navegação que está a ter implicações na classificação.

Por outro lado, começa-se a ver algo no Dakar que nunca se tinha visto. Na 4.ª etapa, na qual se previam grandes dificuldades na passagem do primeiro cordão de dunas, houve um percurso alternativo com menos 50km para quem quis, com uma penalização de 12h. Isto é algo inédito num Dakar.

O Dakar sempre foi intransigente, impiedoso e quem não cumpria era posto fora. Agora, pela primeira vez, aparece esta alternativa. Estranhei um pouco essa possibilidade, mas são sinais de mudança.

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