Da Liga dos Campeões para a sétima Divisão italiana num ano

Marco Amelia foi campeão do mundo pela Itália mas não encontrou clube depois de ter deixado o Milan. Agora, assinou pelos amadores do... Rocca Priora.

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Marco Amelia em acção num jogo contra a Juventus Giorgio Perottino/REUTERS

O último romântico do futebol. É assim que Marco Amelia, até há bem pouco tempo guarda-redes do Milan e campeão mundial pela Itália em 2006, é apelidado por muitos depois de se saber que vai jogar na equipa de futebol amadora do Rocca Priora, actualmente 13.º classificado da série C da sétima Divisão do futebol italiano, designada por Promozione.

Aos 32 anos, Marco Amelia não é um jogador velho, em especial para um guarda-redes. A sua carreira foi feita em clubes habituados ao principal campeonato italiano (Roma , Livorno, Lecce, Parma, Palermo, Génova e Milan, desde 2010-11). E há pouco mais de um ano, defendia a baliza dos rossoneri, na partida frente ao Barcelona da fase de grupos da Liga dos Campeões que terminou empatada a um golo.

Habitual suplente de Christian Abbiati, Marco Amelia viu o seu contrato com o Milan terminar neste Verão. Passou a ser um jogador livre e com possibilidade de assinar contrato com qualquer outro emblema. Surgiram propostas, houve contactos, só que nada cativou o suplente de Buffon no Mundial 2006.

“Talvez estivesse à espera de algo melhor [do que lhe foi proposto], até porque não havia nenhum valor a pagar pela transferência e nunca fui obcecado por dinheiro”, disse o guarda-redes ao jornal italiano Il Tirreno.  “Recebi várias propostas do estrangeiro e tive alguns contactos com clubes italianos, mas nada passou disso”, acrescentou o guarda-redes .

Confrontado com o “desemprego”, Marco Amelia começou por aceitar o lugar de director técnico do Rocca Priori, clube amador do qual é presidente honorário desde 2009 e onde funciona uma academia com o seu nome. Mas foi mais longe. Face aos maus resultados da equipa, que ocupa o 13.º lugar, assinou contrato com o emblema desta localidade de pouco mais de 9500 habitantes, aceitando defender a baliza de uma equipa que sofreu 14 golos em sete jornadas.

Notícia corrigida às 18h33, rectificando gralha no quarto parágrafo

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