Contingente português do Mónaco pode garantir entrada na Liga dos Campeões

Ludogorets, Celtic e Légia de Varsóvia também estão perto da fase de grupos. Adeptos escoceses em Israel são fonte de preocupação.

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Leonardo Jardim quer regressar à Liga dos Campeões com o Mónaco Eric Gaillard/Reuters

Além do Roma-FC Porto, mais quatro jogos estão agendados para esta terça-feira, a contar para a segunda mão do play-off da Liga dos Campeões. São sete os portugueses à procura de um lugar na fase de grupos da competição, sendo que cinco deles – Bernardo Silva, Ivan Cavaleiro, João Moutinho, Rúben Vinagre e Leonardo Jardim, são do Mónaco.

O clube do principado recebe o Villarreal depois de ter ganho em Espanha, por 2-1, com golos de Bernardo e Fabinho. Os dois golos fora conferem alguma tranquilidade, mas Leonardo Jardim tem alguns problemas por resolver, nomeadamente com a ausência dos laterais Djibril Sibidé e Benjamin Mendy. O central Raggi deverá jogar à esquerda e o médio Fabinho à direita, com Moutinho a ganhar um lugar no meio-campo. Na frente, com Falcao ainda lesionado, Bernardo e Germain devem continuar a ser as opções. Para Leonardo Jardim, em caso de passagem, seria a segunda vez que orientaria o Mónaco na Champions, depois da temporada 2014-15. “Convoco todos os adeptos para nos ajudarem. Precisamos do estádio cheio. Temos vantagem, mas ainda temos 90 minutos para jogar. Os jogadores precisam de apoio para nos classificarmos e vermos o AS Mónaco na Champions League”, disse, na antevisão, o técnico, que quer evitar nova eliminação no play-off, como aconteceu na época passada frente ao Valência.

Em vantagem no “intervalo” da eliminatória está também o Ludogorets de Vitinha, que bateu em casa (Sofia, Bulgária) os checos do Viktoria Plzen por 2-0. Os búlgaros querem voltar a uma fase de grupos na qual estiveram pela primeira vez em 2014-15. Na época passada não foram além da segunda pré-eliminatória. Quanto ao português, lateral-esquerdo, não tem sido opção nos jogos europeus da equipa. No campeonato, em quatro partidas, participou em duas. Bem mais complicada está a tarefa do Hapoel Be’er Sheva, onde milita o português Miguel Vítor. Os israelitas foram goleados em Glasgow, pelo Celtic, por 2-5, precisando agora de, em casa, marcar três golos e não sofrer nenhum. Seria a primeira vez do clube na fase de grupos da prova, mas são os escoceses que estão bem lançados para regressarem a uma fase na qual não marcaram presença nas duas últimas épocas.

Em Israel são esperados cerca de 250 adeptos do Celtic e o seu comportamento está a causar preocupação. Na primeira mão, por exemplo, um grupo de adeptos autodenominado “apoiantes da Palestina” agitaram bandeiras do Estado palestiniano. No jogo desta terça-feira em Israel as bandeiras serão interditas. “As forças policiais garantirão que o jogo seja um evento desportivo e não político”, disse um porta-voz da polícia israelita, em declarações à agência AFP. Já a UEFA recordou que são proibidas mensagens de “natureza política, ideológica, religiosa, injuriosa ou provocadora”. O Celtic, que incorre numa sanção pela “caso” das bandeiras na primeira mão, já foi punido por oito vezes em cinco anos pelo comportamento dos seus apoiantes. Uma dessas sanções foi uma multa de 18.500 euros, há dois anos, por situação semelhante: adeptos com bandeiras da Palestina numa partida frente aos islandeses do KR Reykjavik.

No único jogo do dia sem portugueses, os polacos do Légia de Varsóvia recebem os irlandeses do Dundalk. Na primeira mão, na República da Irlanda, o Légia venceu por 2-0 e encara com maior tranquilidade a partida de Varsóvia. Do lado polaco seria um regresso à fase de grupos da Liga dos Campeões, 20 anos depois (desde a época 1995-96). Do lado irlandês seria a primeira, mas, de qualquer modo, história já foi feita: o Dundalk foi o primeiro clube irlandês a marcar presença num play-off da Champions.

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