Cinco franceses venceram mas o herói foi Gael Monfils

Após vencer em Roland Garros pela 10.ª vez em cinco sets, o francês vai defrontar Roger Federer.

Foto
Gael Monfils venceu em Roland Garros PASCAL ROSSIGNOL/Reuters

Nesta sexta-feira, foi um longo e excelente dia para os franceses em Roland Garros, com os seus cinco melhores representantes nos rankings mundiais a vencerem. Mas herói houve só um: Gael Monfils ganhou pela décima vez na terra batida de Paris em cinco sets, igualando o recorde de Harold Solomon (1972 a 1984). Com muito coração e o apoio incondicional do público, que até chegou a entoar o hino nacional, Monfils (14.º do ranking) venceu o uruguaio Pablo Cuevas (23.º), por 4-6, 7-6 (7/1), 3-6, 6-4 e 6-3, ao fim de três horas e 23 minutos e depois de recuperar de 1-4 no quarto set.

Monfils foi o último dos quatro mosqueteiros actuais a ganhar no sexto dia de competição. Antes, o número um francês, Gilles Simon (13.º) ultrapassou o compatriota e amigo Nicolas Mahut (116.º), por 6-2, 6-7 (6/8), 6-7 (6/8), 6-3 e 6-1, em três horas e 47 minutos. Também Jo-Wilfried Tsonga (15.º) eliminou o espanhol Pablo Andujar (42.º), por 7-6 (7/3), 6-4 e 6-3. E o actual número quatro francês, Richard Gasquet (21.º), também venceu nesta sexta-feira, na conclusão do duelo da segunda ronda entre os dois últimos campeões em Portugal, o argentino Carlos Berlocq, com um concludente 6-1, a juntar aos 3-6, 6-3, 6-1 e 4-6 da véspera.

Precisos que nem relógios suíços, Roger Federer e Stan Wawrinka venceram os respectivos encontros em uma hora e 29 minutos e pelos parciais de 6-4, 6-3 e 6-2, para ficarem a uma vitória de se defrontarem nos quartos-de-final de Roland Garros. A diferença é que o mais cotado dos suíços chega aos “oitavos” pelo 11.º ano consecutivo, enquanto Wawrinka esqueceu a eliminação na ronda inicial de Roland Garros do ano passado, quatro meses depois de conquistar o título no Open da Austrália.

Federer teve de lidar com um antigo fã, Damir Dzumhur, vindo da Bósnia. “Quando estava a aquecer, ainda nem queria acreditar que o estava a defrontar. A sério, foi uma sensação estranha, como estivesse a sonhar, mas de repente, tudo mudou quando comecei a jogar”, contou Dzumhur (88.º).

O bósnio de 23 anos mostrou ter uma técnica e jogo de pés capaz de vir a rivalizar com a do suíço num futuro próximo, mas ainda não teve a consistência de jogo que lhe permitisse discutir o resultado. “A partir do momento em que ganhei ritmo, joguei cada vez melhor. Fui capaz de jogar mais livremente e varia o jogo”, explicou Federer, adversário, amanhã, de Monfils.

Wawrinka, que nunca passou dos “quartos” em Paris, eliminou o norte-americano Steve Johnson (56.º) e vai agora defrontar Simon. Nos outros “oitavos", Tomas Berdych defronta Tsonga e Kei Nishikori – que não jogou por desistência de Benjamin Becker – joga com Teymuraz Gabashvili.

Na prova feminina, a número um francesa Alizé Cornet (29.ª) vai estrear-se na terceira ronda de Roland Garros frente a Elina Svitolina (21.ª), após derrotar a croata Mirjana Lucic-Baroni (70.ª), por 4-6, 6-3 e 7-5.

Maria Sharapova, campeã em 2012 e 2014, foi a mais sólida na vitória, por 6-3 6-4, sobre a australiana Sam Stosur, autora de 34 erros não forçados. A russa tem como adversária seguinte a checa Lucie Safarova.

Campeã de 2008, Ana Ivanovic voltou aos “oitavos” após dois anos de ausência, graças ao triunfo sobre a jovem croata Donna Vekic, por 6-0, 6-3, em 53 minutos. Na próxima ronda defronta a russa Ekaterina Makarova (n°9).

Carla Suarez Navarro (8.ª) foi a quarta tenista do "top-10" a despedir-se de Paris, ao ser eliminada por Flavia Pennetta (28.ª) em dois sets: 6-3 6-4. A italiana vai decider um lugar nos “quartos” com a espanhola Garbine Muguruza (20.ª), responsável pelo afastamento da alemã Angelique Kerber (11.ª), por 4-6, 6-2 e 6-2.

Sugerir correcção
Comentar