Os rublos do Chelsea valeram mais do que os rials do Paris Saint-Germain

Após a derrota, há uma semana, na capital francesa, por 1-3, os ingleses venceram por 2-0, em Stamford Bridge, e garantiram o apuramento para as meias-finais da Liga dos Campeões

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Reuters

Os rublos de Abramovich valeram mais do que os rials de Nasser al-Khelaifi, o Chelsea de José Mourinho afastou o Paris Saint-Germain de Laurent Blanc. Após a derrota no primeiro jogo, no Parque dos Príncipes, por 1-3, os ingleses venceram os franceses, em Stamford Bridge, por 2-0. Os golos que apuraram Mourinho para as meias-finais da Liga dos Campeões foram apontados por André Schürrle e Demba Ba, dois jogadores que saíram do banco de suplentes.

Mourinho nunca tinha recuperado de uma desvantagem de dois golos numa prova europeia, mas também nunca tinha sido afastado nos quartos-de-final. E a oitava nos “quartos” para o português, voltou a ter como destino final as “meias”.

Há seis dias, no Parque dos Príncipes, o golo de Pastore, já em período de compensação, deixava os jogadores do PSG muito perto de garantirem um simpático prémio de 450 mil euros, valor que Nasser al-Khelaifi, dono da equipa de Paris, atribuiria a cada atleta em caso de qualificação para as meias-finais. Mas o golo do argentino não foi o “game over” para Mourinho.

Embora a vitória no primeiro jogo, por 3-1, deixasse os gauleses como favoritos nas bolsas de apostas, Mourinho previu um desfecho da eliminatória de “4-3 ou 5-4” favorável aos blues. O vaticínio do happy one falhou, mas o golo de Eden Hazard em França chegou para fazer a diferença no 3-3 da eliminatória.

E o belga, decisivo pelo golo apontado em Paris, foi o primeiro protagonista em Stamford Bridge. Aos 18’, o extremo saiu lesionado e o que parecia ser um enorme problema para Mourinho resultou num golpe de sorte para o Chelsea. Para o lugar de Hazard, Mourinho lançou André Schürrle e o alemão foi o segundo protagonista da noite: aos 32’, após um desvio subtil de David Luiz, Schürrle colocou os ingleses na frente do marcador.

Até aí, o Chelsea tinha sido inofensivo e era o PSG que mandava. Mesmo sem Ibrahimovic, os parisienses controlavam a partida e era no lado inglês que as ausências de Ramires e Matic pareciam provocar mais estragos. Mas o golo de Schürrle virou o tabuleiro ao contrário. Até aí bastante perigosos, Cavani e Lavezzi perderam protagonismo e a bola começou a rondar com insistência a baliza de Sirigu. No final dos primeiros 45 minutos, o Chelsea ganhava 8-2 em remates.

E o início do segundo tempo confirmou o ascendente inglês. Mesmo sem conseguir criar grandes oportunidades em lances de bola corrida, a equipa de Mourinho mostrava-se perigosa nas bolas paradas e, em menos de 90 segundos, Schürrle e Oscar acertaram na barra da baliza.

A precisar de um golo para seguir em frente, Mourinho arriscou no minuto 66: Lampard cedeu o lugar a Demba Ba. Apesar de ter o senegalês e Eto’o no ataque, o Chelsea foi perdendo gás e os franceses estiveram perto do empate (Cavani quase marcou aos 77’). Mourinho respondeu lançando Fernando Torres, Blanc mostrou receio (Marquinhos no lugar de Lucas) e a audácia do treinador português foi recompensada: aos 87’, um remate de César Azpilicueta ressaltou em Jallet e Demba Ba desviou para o fundo da baliza. “Au revoir” PSG, a festa era de Mourinho.

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