Carlsen mantém vantagem mínima sobre Anand no Mundial

O indiano ainda não foi capaz de surpreender o norueguês na luta pelo título de campeão do mundo.

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Carlsen continua em vantagem na atribuição do título mundial de xadrez Manjunath KIRAN/AFP

O campeão mundial Magnus Carlsen manteve a vantagem mínima sobre o pretendente ao título, Viswanathan Anand, quando faltam apenas duas partidas para a conclusão do encontro que se está a realizar em Sochi.

Depois de dois novos empates, Carlsen poderá mesmo terminar a disputa no domingo, sábado é dia de descanso, caso vença o 11.º jogo. E é bem possível que venha a acontecer este desfecho, pois Anand vai ter de arriscar e o jovem norueguês é especialista em aproveitar as oportunidades quando o adversário joga de forma especulativa.

Seja qual for o desfecho, o veterano indiano, de 44 anos, já surpreendeu tudo e todos, com uma resistência tenaz e uma qualidade de jogo que em nada, até agora, foi inferior à de Carlsen. Algo considerado muito improvável, depois da vitória fácil do norueguês há um ano, quando destronou Anand com três vitórias e sem conhecer a derrota, e que o apontava como super favorito para o reencontro. E Carlsen, que está em vantagem depois de na sexta partida ter vencido mas em que esteve na eminência da derrota, está muito mais conservador do que lhe é habitual, de tal forma que permitiu o empate, quase sem luta, na nona partida em que conduziu as brancas.

Depois da repetição da berlinense com que colocara sérios problemas a Anand no sétimo jogo, desta vez, não conseguiu a mais pequena vantagem ao desviar-se da partida anterior ao 11.º lance. E forçaria mesmo a repetição da posição ao 20.º movimento, com pouco mais de uma hora de jogo.

Nesta sexta-feira, a abordagem de Anand foi bem diferente, procurando posições de grande complexidade em que a precisão de análise era obrigatória. Mas Carlsen esteve à altura do desafio, com uma excelente preparação que lhe permitiu colocar Anand em terreno desconhecido, depois de repetir a defesa Grundfeld da jornada inaugural. Anand escolheria outra ideia mas não surpreendeu Carlsen que introduziria uma novidade ao 14.º lance, que lhe permitiu uma rápida simplificação, atingindo-se um final de total equilíbrio com o acordo de paz a ser assinado ao 32.º lance.

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