Campo de futebol, campo de batalha

A última notícia veio da Sérvia: dois dias depois de um jogo entre o Rad Belgrado e o Novi Pazar, um grupo de hooligans irrompeu pelos balneários e ameaçou de morte um jogador do Novi Pazar que tinha falhado um penálti. Encostaram-lhe uma pistola à cabeça e perguntaram-lhe onde é que queria levar o tiro. A acusação era de ter combinado o “falhanço” do penálti com a direcção do clube. As ameaças ficaram por aí, mas este estado de guerra está a alastrar perigosamente no futebol. Na Grécia, por exemplo, o governo decidiu suspender os campeonatos de todas as divisões depois dos tumultos gravíssimos do último derby entre o Panathinaikos e o Olympiacos. Se é certo que a violência não é uma novidade no mundo do futebol, que grupos de desordeiros teimam em fazer deste desporto palco de violência e inomináveis agressões, o risco agora é que venha a transformar-se mesmo num campo de batalha. Se não os travarem a tempo.

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