Campeões mostram Taça ao Norte, onde arrancam para ciclo à escala mundial

Nani exibiu o troféu na chegada à Invicta, onde decorreu a cerimónia de imposição das insígnias da Ordem de Mérito

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Os jogadores da selecção mostraram a Taça no Norte nFactos/Fernando Veludo
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E foram condecorados por Marcelo Rebelo de Sousa nFactos/Fernando Veludo
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A selecção nacional elegeu o Norte como ponto de partida da caminhada rumo à qualificação para o Mundial de 2018, na Rússia, com os campeões europeus a receberem, na noite desta quinta-feira (19h45), no Estádio do Bessa XXI, a selecção de Gibraltar.

Mas antes reluziram a Taça e os heróis do França 2016, recebidos com entusiasmo por milhares de portugueses, reunidos na Avenida dos Aliados, no Porto, preparados para acompanhar nos dois ecrãs gigantes a cerimónia que contou com a presença de Marcelo Rebelo de Sousa, Presidente da República, embora tivessem sido Ricardo Quaresma e Éder a arrebatar a multidão, que não pôde ver o lesionado Cristiano Ronaldo, principal ausente entre os campeões.

Formalismos à parte, a selecção instalou-se no Porto para receber Gibraltar. Mas a escolha do 211.º membro da FIFA como primeiro adversário, depois da histórica final de Saint-Denis, não obedeceu — ao contrário do palco deste encontro — a nenhum critério específico, ao invés do que habitualmente acontece, sempre na tentativa de encontrar “clones” dos adversários que realmente interessa dissecar, no caso vertente, a Suíça.

Sem essa carga extra, Fernando Santos aproveitou a conferência de imprensa, ainda na Cidade do Futebol, em Oeiras, para esclarecer que o grande propósito do jogo que antecede a deslocação a Basileia é tão-só o de verificar as “turbinas” do campeão europeu numa fase da época em que os futebolistas ainda caminham para a melhor forma.

Nesse sentido, o seleccionador pretende aferir, basicamente, da capacidade física, em termos individuais, para poder escolher o melhor “onze”, que garanta o arranque desejado, ao nível de um verdadeiro campeão.

Fernando Santos, que relativizou a turbulência causada pelo fecho dos principais mercados — apesar de a selecção não estar imune às movimentações e à vertigem dos milhões que ditam o futuro de alguns dos convocados para esta dupla ronda —, sabe que é fundamental manter a harmonia e a solidez da família que colocou o nome de Portugal no topo das selecções europeias.

Nesse particular, Gibraltar fornece o mote perfeito para formar um verdadeiro bloco ou, melhor ainda, um rochedo. Para assim esculpir um novo capítulo, agora à escala global. Para tanto, Portugal sabe que convém evitar colocar-se em bicos de pés. “Mesmo estando no início da temporada, os jogadores estão a um bom nível físico e com bons índices de confiança. Neste jogo com Gibraltar vamos poder dar mais minutos aos jogadores que precisam, de molde a estarem em melhores condições em Basileia”, vincou.

“Não sendo possível percorrer o país”, a selecção aproveita a conquista de Paris para aglutinar os portugueses, agradecendo o apoio que quer ver reforçado como base para novas conquistas. Daí a escolha do Bessa, mais a norte, “mas sem divisionismos”, adverte o treinador, interessado em preservar o sentimento de união.

A selecção quis retribuir o carinho recebido e, para reforçar o gesto, associou-se a uma campanha de solidariedade, reservando parte importante da receita do jogo do Bessa para endossar um precioso cheque ao Instituto Português de Oncologia do Porto.

Perante realidades tão distintas, Fernando Santos garante uma selecção concentrada e ambiciosa, preparada para o desafio que se impõe, mas sem tiques de vedetismo, remetendo para 2020 a resposta ao peso da responsabilidade de defender a coroa de campeã.     

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