Blatter denuncia "ódio" vindo da UEFA

Presidente da FIFA, reeleito nesta sexta-feira, afirma que perdoa, mas não esquece.

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Blatter diz-se "chocado" com as acusações da justiça norte-americana FABRICE COFFRINI/AFP

O presidente da FIFA, Joseph Blatter, reeleito na sexta-feira, denunciou neste sábado, aquilo que considera ser um "ódio, vindo não apenas de uma pessoa da UEFA, mas de uma organização, a UEFA, que não entendeu" que em 1998 se tenha tornado presidente.

Quanto questionado sobre o pedido de Michel Platini, presidente da UEFA, para que demitisse, Blatter, que falava em entrevista à RTS, a rádio-televisão suíça, respondeu: "Eu perdoo a todos, mas não esqueço". Acrescentou estar "chocado" com as acusações da justiça norte-americana que considerou serem uma tentativa para "interferir com o congresso" no qual foi reeleito presidente da FIFA.

Na votação,Blatter conseguiu juntar 133 votos à primeira volta, ficando a poucos dos dois terços (139) necessários para assegurar a vitória. Acabaria por vencer sem recurso a nova votação depois da desistência de Ali bin Al-Hussein, o único dos candidatos que se manteve até ao último dia.

O congresso anual da FIFA ficou, contudo,  marcado de forma incontornável pelo escândalo de corrupção que envolveu actuais e antigos dirigentes do organismo que tutela o futebol mundial.

Sete responsáveis foram detidos na véspera do início do congresso e foram formalizadas acusações a 14 pessoas, na sequência de uma investigação do Departamento de Estado norte-americano.

Um inquérito paralelo foi lançado pelas autoridades suíças para averiguar possíveis ingerências e lavagens de dinheiro no processo de atribuição das organizações dos próximos dois Campeonatos do Mundo – em 2018 na Rússia e em 2022 no Qatar.<_o3a_p>

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