A Taça da Liga continua a ser terreno fértil para o Benfica

“Encarnados” apuraram-se para as meias-finais, fechando a fase de grupos com um pleno de vitórias. Em Guimarães, houve oito mexidas no “onze” mas ainda sobrou qualidade.

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HUGO DELGADO/LUSA

Três em três. Três jogos na Taça da Liga 2016-17, três vitórias para o detentor do troféu. Com uma exibição segura e um triunfo por 0-2, nesta terça-feira em Guimarães, o Benfica fechou o Grupo D na primeira posição e assegurou a presença nas meias-finais, no Algarve, onde procurará reforçar a hegemonia que detém na competição. O próximo obstáculo, no dia 26, chama-se Moreirense.

O aperitivo para o jogo anunciava um remake do embate do fim-de-semana, com o Vitória a exercer uma pressão alta, com grande intensidade, e a condicionar a primeira fase de construção “encarnada”. Mas foi sol de pouca dura. Zivkovic e Gonçalo Guedes começaram a vir pegar no jogo mais atrás, facilitando a saída de bola ora a Samaris, ora a Pizzi, e o futebol do Benfica encarrilou. Os protagonistas mudavam (houve oito alterações no “onze”), as dinâmicas mantinham-se.

O quebra-cabeças vimaranense ganhou contornos reais aos 10’, quando Zungu cometeu falta sobre Rafa na área. Pizzi, chamado a bater, perdeu o duelo com Miguel Silva, um dos protagonistas da noite. O guarda-redes voltaria a frustrar em dose dupla as intenções a Rafa (que surgiu isolado graças a dois passes magistrais de Zivkovic), mas teria um saldo bem menos positivo frente a Gonçalo Guedes. Aos 34’, o avançado respondeu da melhor forma a uma grande assistência de Nelson Semedo para, seis minutos depois, replicar o lance a passe de Carrillo.

O Benfica saía para o intervalo com o mesmo resultado que se registava no D. Afonso Henrique pela mesma altura, no sábado, e Pedro Martins trocava o inexistente Xande Silva por Hernâni, um dos mais inconformados da partida anterior, ao mesmo tempo que abdicava de Zungu para arriscar com Hurtado.

Adivinhavam-se problemas extra para os lisboetas, mas com duas unidades muito móveis e explosivas na frente, e em vantagem no marcador, a solução foi baixar um pouco as linhas e espreitar a profundidade, tirando partido da maior exposição do Vitória ao risco. Os anfitriões tinham mais arte em cima do relvado, mas pouca bola para a fazer sobressair, e só conseguiram causar algum frisson em lances de bola parada.

Tranquilo, o Benfica foi circulando a bola com critério e Pizzi esteve duas vezes perto de ampliar o marcador, com Jonas, aos 83’, a cabecear também com algum perigo. Foi ele, de resto, a recolher a principal ovação da noite quando substituiu Carrillo já nos últimos 10 minutos.

Por esta altura, o V. Guimarães — que ainda perdeu Hernâni por lesão — já se limitava a despejar bolas e a cometer faltas desnecessárias. Os “encarnados” resguardavam-se, deixando correr os minutos. Estava seguro o apuramento e a possibilidade de continuar lutar pela oitava Taça da Liga em 10 edições.     

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