Benfica subiu aos Alpes para convencer o Wolfsburgo

Mitroglou e Jonas marcaram os golos (63' e 90') que deram a vitória "encarnada" frente aos alemães, no encerramento do estágio de pré-época.

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Jonas e Mitroglou foram os autores dos golos do Benfica PATRICIA DE MELO MOREIRA/AFP

O Benfica encerrou este domingo, em Altach (Áustria), com uma vitória (2-0) convincente sobre os alemães do Wolfsburgo, o estágio de pré-época que decorreu em solo inglês. Os campeões nacionais em título regressam, assim, moralizados a Portugal já focados no particular da próxima quarta-feira, dia 27, com o Torino, “cartaz” da 9.ª edição da Eusébio Cup.

Foi no bucólico Cashpoint-Arena, num cenário alpino, que Rui Vitória ensaiou, perante um adversário verdadeiramente poderoso (semi-finalista da Champions, afastado pelo Real Madrid), a estratégia pretendida para atacar o primeiro grande compromisso da época, dia 7 de Agosto, frente ao Sp. Braga, a contar para a Supertaça Cândido Oliveira.

A titularidade do avançado grego Mitroglou (pela primeira vez), com Gonçalo Guedes no apoio, foi a principal alteração num "onze" em que o técnico trocou Nélson Semedo, Luisão, Salvio, Benítez e Rui Fonte (titulares com o Shefield Wednesday) por André Almeida, Lisandro López, Pizzi e a já referida dupla da frente.

O Benfica, sempre com Paulo Lopes na baliza, enviou Cervi em missão relâmpago para testar a atenção dos germânicos, mas foi o guarda-redes português a ter que mostrar concentração e reflexos para evitar o golo de Dost, que surgiu isolado na cara de Paulo Lopes para assinar o primeiro grande momento da tarde.

Nada que intimidasse o campeão português, a beneficiar a alta rotação de André Horta, que através de apurada visão periférica descobriu Mitroglou em posição de atirar a contar… O grego rodou bem, mas o remate saiu mal, por cima, ficando o registo de que o Benfica estava em condições de responder com prontidão a quaisquer intenções do Wolfsburgo.

André Horta continuava a assumir o jogo e a desbravar caminhos para o golo, mas Gonçalo Guedes reclamaria protagonismo num lance em que passou o guarda-redes Diego Benaglio e solicitou a entrada de Mitroglou, construindo meio golo que o central Bruma desfez com antecipação cirúrgica.

O jogo do Benfica estava intenso, com os “lobos” ainda à espreita do momento certo para atacar, convertendo-se aos poucos numa alcateia sem instinto ou capacidade para contrariar o domínio intensificado pela qualidade de Toto Salvio. A entrada do argentino, no início da segunda parte, teve impacto imediato no ataque. O golo esteve iminente após combinação com Nélson Semedo, igualmente lançado para a segunda metade, mas Grün negou o golo e Mitroglou chegou uma fracção de segundo atrasado para a recarga.

O grego acabaria por ver o esforço recompensado numa oferta de Gonçalo Guedes, que surgiu nas costas de Knoche a dominar passe magistral de André Horta, para tocar atrasado para Mitroglou (63’) abrir o activo.

O Benfica carregava e Grimaldo galgou metros para lançar o pânico na área alemã, falhando o segundo golo na hora de definir do lance.

Rui Vitória ainda foi à procura de mais um golo, lançando Celis, Jonas e Jiménez, e o melhor goleador do campeonato da época passada fixou o resultado final nos últimos instantes do encontro.

Pelo Benfica alinharam: Paulo Lopes; André Almeida, Jardel, Lisandro e Grimaldo; Fejsa; Pizzi, André Horta e Cervi; Gonçalo Guedes e Mitroglou. Jogaram ainda: Júlio César, Nélson Semedo, Salvio, Carrillo, Lindelöf, Celis, Jonas, Jiménez

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