Estoril complicou um triunfo que chegou a parecer fácil ao Benfica

Dois golos de Talisca deram uma vantagem confortável aos “encarnados” logo aos oito minutos, ?mas os lisboetas deixaram-se igualar no marcador e tiveram de sofrer para alcançar o triunfo

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Francisco Leong/AFP

A vencer por dois golos de vantagem logo aos 8’, após Talisca ter bisado no encontro, parecia que a deslocação do Benfica ao campo do Estoril iria ser um autêntico passeio, mas não foi assim. Os “canarinhos” tiveram estofo para reequilibrar o marcador e a equipa “encarnada” teve de se aplicar para regressar a casa com um triunfo pela margem mínima (3-2), alcançado já com o adversário reduzido a dez unidades.

Os “encarnados” acabaram por aproveitar o empate entre Sporting e FC Porto na véspera, aumentando a vantagem para os seus rivais mais directos na luta pelo título.

Mesmo com o Bayer de Leverkusen no horizonte, para a Liga dos Campeões (na próxima quarta-feira, na Alemanha), Jorge Jesus cumpriu o que prometera e não fez poupanças no Estoril. E nem Talisca, que esteve a recuperar de uma lesão durante a semana, mereceu descanso, com o técnico dos lisboetas a apresentar integralmente aquele que tem sido o seu “onze” de eleição nesta fase inicial da temporada.

O jovem brasileiro provou que o treinador estava certo e quase resolveu o encontro nos instantes iniciais, dando expressão a uma entrada determinada da sua equipa no encontro que apanhou sem reacção o conjunto da casa.

Talisca marcou primeiro numa iniciativa individual, em que ultrapassou vários adversários, antes de atirar para o fundo das redes (3’) e somou o seu quinto golo no campeonato pouco depois (8’), após Gaitán ter interceptado uma bola no meio-campo. Tudo demasiado fácil para o Benfica, que pressionava o adversário com um bloco alto, criando oportunidades para chegar ao terceiro, que incluíram uma bola enviada ao poste por Lima (17’).

E foi preciso meia hora de jogo para o Estoril reentrar na partida, apesar de se ter queixado de um penálti não assinalado, aos 11’, por falta de Jardel sobre Kléber. A equipa de José Couceiro lá acabou por sacudir a pressão, reorganizar-se e, após duas perdidas flagrantes, reduziu mesmo a desvantagem, aos 38’, por Diogo Amado, após Kléber ter acertado no poste.

Os “canarinhos” regressaram para o segundo tempo motivados e no primeiro lance de perigo após o reatamento igualaram a partida (53’).

Sem a intensidade do primeiro tempo, os “encarnados” só voltaram a criar problemas à baliza estorilista já em superioridade numérica (após a expulsão de Cabrera, aos 66’) e com Derley em campo (entrou aos 62’ para o lugar de Talisca).

O avançado contratado ao Marítimo acabou por ser fundamental para o golo do triunfo, aos 70’, depois de uma jogada de insistência, em que ganhou um ressalto, acabando por fazer um cruzamento-remate que Lima confirmou em cima da linha de golo. Depois, foi gerir até final a curta vantagem.

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