Benfica já viu processo idêntico ser arquivado

Em 2007-08, os "encarnados" enfrentaram acusações de ofertas a árbitros, meses depois de um jogo com a Naval.

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O jogo com a Naval, a 15 de Setembro de 2007

Esta não é a primeira vez que o Benfica é acusado de oferecer prendas supostamente avultadas a árbitros nos encontros disputados no Estádio da Luz. Na temporada de 2007-08, os responsáveis da União de Leiria acusaram os “encarnados” de terem presenteado com uma peça em vidro o árbitro Rui Silva, que apitou o Benfica-Naval na 4.ª jornada do campeonato (vitória dos anfitriões por 3-0), a 15 de Setembro de 2007.

Embora tenham sido os leirienses os autores da queixa, na origem do caso estiveram, em concreto, declarações prestadas por Rui Silva no Tribunal de Gondomar, no âmbito do processo Apito Dourado. O juiz de primeira categoria apontou, durante uma audição que decorreu em Março de 2008, “uma peça de cristal” como uma das ofertas mais valiosas que recebera durante a carreira, numa referência a essa prenda entregue pelos “encarnados”.

A Comissão Disciplinar da Liga decidiu então instaurar um processo de inquérito, que acabou por ser arquivado, em Julho, depois de ter sido concluído que o presente (uma espécie de troféu em acrílico gravado com o emblema dos dois clubes envolvidos no jogo) era meramente simbólico, com um valor comercial de 82,28 euros.

“Facilmente se conclui que estamos perante mera oferta de cortesia, pois não existe qualquer indício de que tenha existido qualquer solicitação de actuação parcial feita por quem quer que fosse no interesse do clube ao árbitro da partida”, concluiu o acórdão, a que o PÚBLICO teve acesso.

Esta questão voltou à actualidade depois das acusações do presidente do Sporting, que já estão a ser investigadas pela Federação Portuguesa de Futebol.

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