Benfica demorou sete minutos para despachar o Moreirense na Taça

Dois golos de Jonas nos instantes iniciais deixaram praticamente resolvida a eliminatória, mas ainda houve tempo para Salvio também brilhar. E tudo sem acelerar muito o ritmo.

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Salvio marcou dois golos frente ao Moreirense Patrícia de Melo Moreira/AFP

Durou muito pouco a incerteza acerca da quarta eliminatória da Taça de Portugal no Estádio da Luz. Sete minutos, na realidade, nos quais Jonas marcou dois golos, em duas jogadas atacantes tão bem desenhadas pelo Benfica que a própria defesa do Moreirense ficou a assistir. Depois foi ver os “encarnados” gerirem a partida quase ao ritmo de peladinha, já com a cabeça no jogo decisivo frente ao Zenit, na quarta-feira, onde decidirá coisas mais sérias, como a continuidade nas competições europeias. No final, o marcador assinalava 4-1, numa noite serena para o treinador Jorge Jesus.

Depois do hat-trick na eliminatória anterior, na Covilhã, frente ao Sporting local — que complicou bem mais a vida aos lisboetas —, Jonas voltou a demonstrar o seu instinto goleador na Taça. Mas, desta vez, o brasileiro não brilhou sozinho e teve de repartir os louros com Salvio, autor dos outros dois golos do Benfica, que coroaram mais uma boa exibição do argentino.

Sem nunca ter vencido na Luz, o Moreirense percebeu cedo que ainda não seria desta vez que iria surpreender o “grande” da capital. Os minhotos aparentaram até alguns constrangimentos nos instantes iniciais, que se traduziram principalmente numa absoluta apatia defensiva. Quando acordaram já parecia tarde de mais e ainda tudo estava a começar. O balanço era perfeito para os “encarnados”: dois ataques, dois remates e dois golos. E o drama do Moreirense não parou aí: aos 22’, sofreria o terceiro, após um mau alívio de Marcelo, a colocar a bola nos pés de Salvio, junto ao poste direito.

O argentino, que já assistira Jonas no golo inaugural, logo aos 3’, mostrava que estava em noite sim e terminaria em grande, com o quarto golo, aos 57’, antes de sair, três minutos depois, ovacionado pelos 20 mil adeptos que compareceram nas bancadas. Terminava também a resistência do Moreirense que até entrou mais determinado para a segunda metade, motivado pelo golo de honra que Ramón Cardozo marcou aos 26’, na sequência de um livre.

Os minhotos subiram as suas linhas e, pouco depois do recomeço, Arsénio obrigou Júlio César a aplicar-se para evitar o segundo golo que poderia relançar a partida. Não foi assim, e o Benfica acabou por ser sempre mais perigoso, aproveitando os espaços abertos na retaguarda moreirense, mas tudo num ritmo calmo e sem grande intensidade. Um bom “treino” antes da partida para São Petersburgo, onde a equipa de Jorge Jesus terá, garantidamente, um outro grau de exigência.

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