Benfica e Mónaco tiveram de aprender a superar as ausências

“Encarnados” visitam o principado com o objectivo de somar os primeiros pontos na fase de grupos da Liga dos Campeões. Jesus nunca perdeu frente a Jardim

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O Benfica treinou no Seixal antes de viajar para o Mónaco, na terça-feira Paulo Cunha/AFP

O período de transferências do Verão não foi gentil para o Benfica nem para o Mónaco. Os dois adversários desta noite (19h45, SP-TV1) na terceira jornada da Liga dos Campeões viram partir jogadores fundamentais mas, cada um à sua maneira, estão a aprender a conviver com a ausência de quem já veneraram. A Luz disse adeus a Oblak, Garay, Siqueira (e também a André Gomes, Markovic e Rodrigo), enquanto Radamel Falcao e James Rodríguez deixaram de morar no principado. Só que, apesar disso, as duas equipas conseguiram dar a volta por cima: o Benfica lidera de forma isolada no campeonato português e os monegascos comandam a classificação do Grupo C da Champions.

A prestação nas competições europeias é, até ao momento, a excepção na temporada que o Benfica está a realizar, considerou Jorge Jesus na antevisão da partida. “O momento não pode ser melhor. O Benfica não lidera o grupo da Champions, mas lidera o campeonato em Portugal e em termos de objectivos desportivos nacionais está muito bem. Este jogo é importante para ainda podermos ter ambições de passar a fase de grupos da Champions”, disse o técnico dos “encarnados”, após um dia atribulado para o emblema da Luz: o avião que devia levar a equipa atrasou-se quase três horas.

Mas isso não tirou a tranquilidade e confiança a Jorge Jesus. “Vamos jogar contra uma equipa com muito valor. Este grupo é muito equilibrado. Mas penso que o Benfica possa sair vencedor deste jogo”, sublinhou, rejeitando que o favoritismo esteja sobre os ombros da sua equipa: “O Benfica não é favorito. O favoritismo é subjectivo no futebol. Se olharmos para a classificação do grupo quem está à frente é o Mónaco. Mas isso não nos inibe: temos capacidade para disputar o jogo sempre com o pensamento na vitória”, realçou.

Desde que é treinador do Benfica, Jorge Jesus defrontou adversários franceses nas competições europeias em cinco ocasiões, com um saldo de duas vitórias, um empate e duas derrotas. Mais favorável é o histórico do técnico “encarnado” frente a Leonardo Jardim, treinador dos monegascos: cinco vitórias e dois empates nas sete partidas disputadas entre ambos.

O técnico português Mónaco (clube que ontem lançou a versão em português do seu site oficial) preferiu desvalorizar esse dado, embora tenha avisado que o posicionamento na classificação da Champions “não reflecte a qualidade” dos “encarnados”. “O Benfica não alterou muito o seu ADN em relação ao que tem mostrado nas últimas duas ou três épocas. Foi finalista vencido da Liga Europa no ano passado, é uma equipa que foi campeã e lidera o campeonato português. Perdeu alguns jogadores, é verdade, mas continua a ter grande qualidade no plantel, aliada ao bom trabalho que o Jorge Jesus tem feito”, destacou Leonardo Jardim.

“Mas o nosso objectivo, em casa, é dar continuidade ao que fizemos nas duas primeiras jornadas e procurar vencer. Respeitando o adversário, mas sabendo o valor da nossa equipa. O nosso objectivo é a vitória”, vincou. Até porque há dez anos que os monegascos não defrontam adversários portugueses nas competições europeias: na final da Liga dos Campeões 2003-04 foram batidos pelo FC Porto de José Mourinho.

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