A lei do Benfica foi, novamente, a lei de Jonas

Brasileiro foi decisivo no sexto triunfo benfiquista em oito edições da Taça da Liga. Marítimo, em inferioridade numérica em toda a segunda parte, vendeu cara a derrota.

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Com a vitória na Taça da Liga, o Benfica conquistou 75.º troféu e deixou o FC Porto para trás AFP/FRANCISCO LEONG
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Jonas celebra mais um golo ao serviço dos “encarnados”… AFP/FRANCISCO LEONG
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…e mostra a camisola de Salvio, lesionado com gravidade no jogo que fechou o campeonato AFP/FRANCISCO LEONG
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O defesa do Marítimo João Diogo celebra após marcar o único golo dos insulares AFP/FRANCISCO LEONG
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Coube a Sulejmani fazer a vez de Salvio na final desta sexta-feira em Coimbra AFP/FRANCISCO LEONG
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Luisão comemora com adeptos mais um Taça da Liga: o Benfica reforçou a hegemonia com o sexto troféu em oito possíveis AFP/FRANCISCO LEONG
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Com dez títulos, Jorge Jesus já é o treinador com mais troféus na história do Benfica AFP/FRANCISCO LEONG

Já houve nove finalistas diferentes em apenas oito edições da Taça da Liga, mas a “democracia” acaba aí. O domínio do Benfica na prova tem sido quase absoluto e nesta sexta-feira, perante a oposição firme do Marítimo, conquistou-a pela sexta vez em oito possíveis.

 A festa continua para os “encarnados”, que juntaram este troféu ao bicampeonato e à Supertaça já obtidos nesta época. A vitória por 2-1, no Estádio Cidade de Coimbra, concretizou um marco significativo do sucesso de Jorge Jesus, que chegou à dezena de conquistas pelo clube e se tornou o treinador recordista isolado de títulos, com mais um do que Otto Glória.

Jesus, ainda com o seu futuro indefinido, tem agora no seu currículo cinco Taças da Liga, menos uma do que Luisão e Maxi Pereira, presentes nas seis participações vitoriosas da equipa, mas o homem talvez com mais responsabilidade no sexto triunfo foi Jonas, que marcou em todos os jogos da equipa nesta edição.

Nesta sexta-feira, o brasileiro inaugurou o marcador na primeira parte e, com o seu génio, manteve viva a jogada que resultou no golo decisivo de Ola John. Antes, assistiu-se a uma resistência estóica do Marítimo, um digno vencido que foi “traído” pela impetuosidade do central Raúl Silva, expulso no arranque da segunda metade.

O clube insular, que tentava juntar finalmente outro troféu ao conquistado em 1926 no Campeonato de Portugal, mesmo com menos um, arranjou forças para empatar, mas não resistiu ao empurrão final do adversário quando esperava arrastar o jogo até ao desempate por grandes penalidades.

Não houve lances duvidosos que permitissem testar a sério a tecnologia de linha de golo, mas o Marítimo, nada retraído, entrou bem no jogo e teve o mérito de, com Bruno Gallo, João Diogo, Xavier e Marega em bom plano, manter alguma dúvida sobre em que baliza é que a novidade poderia ser estreada. Foi mesmo de Xavier o primeiro remate com algum perigo, mas aos 19’, depois de uns minutos em que a defesa do Marítimo pareceu algo permeável, foi Lima quem surgiu isolado para atirar ao lado. Esse lance marcou o momento em que o jogo passou a ser mais controlado pelo Benfica.

Foi numa jogada estudada de livre indirecto, aos 37’, que os benfiquistas festejaram. Pizzi colocou em Jardel na área, este meteu no meio e Jonas cabeceou para o primeiro golo.

No início da segunda parte, o Marítimo teve tudo para empatar menos o discernimento de Xavier, que preferiu o remate (bem defendido por Júlio César) à assistência para João Diogo.

Na resposta, Lima obrigou Salin a uma defesa de recurso. Depois, Raúl Silva (47’) foi expulso e poderia ter sido o fim do Marítimo, que viu Salin negar o golo a Lima e Maxi.

No entanto, Ivo Vieira mostrou ambição, não tirou nenhum avançado e foi recompensado quando o suplente Fransérgio serviu o madeirense João Diogo, que fugiu ao guarda-redes benfiquista antes de empatar (56’).

Nos últimos 20 minutos, o Benfica pressionou, esteve perto do 2-1 por Gaitán e Jonas, mas foi Ola John quem desfez a igualdade, aproveitando os toques do brasileiro (80’).

Nos descontos, Rossi não desviou por pouco para a baliza do Benfica, que terminou mais uma Taça da Liga a festejar.

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