O finalista do costume tremeu antes de confirmar o lugar

Benfica esteve a perder diante do Sp. Braga, mas deu a volta ao resultado com golos de Jonas e Jiménez, garantindo a presença na final da Taça da Liga pela sétima vez em nove edições.

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Jonas marcou o primeiro golo do Benfica contra o Sp. Braga Nuno Ferreira Santos

Para uma equipa que tem disputado finais a um ritmo semanal, como acontece com o Benfica no campeonato, jogar uma meia-final não é grande novidade — mais ainda no caso da Taça da Liga, prova-fetiche dos “encarnados”, que venceram seis das oito edições já realizadas. A equipa de Rui Vitória terá a oportunidade de tentar voltar a erguer o troféu na final de Coimbra, onde a 20 de Maio defrontará o Marítimo, após nesta segunda-feira ter afastado o Sporting de Braga (2-1).

Mergulhados na luta pelo título de campeão nacional, o Benfica e os seus adeptos tiveram nesta meia-final da Taça da Liga um anticlímax para as emoções de cada fim-de-semana. Rui Vitória admitira fazer algumas alterações, mas operou uma completa revolução no “onze”, em que apenas Ederson, Lindelöf e Renato Sanches mantiveram a titularidade relativamente ao duelo com o V. Guimarães, de sexta-feira.

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Vários jogadores menos utilizados tiveram uma oportunidade, com Grimaldo a ser o que melhor a aproveitou, e Luisão regressou à equipa, cinco meses e meio depois da fractura do antebraço que sofreu durante o jogo com o Sporting para a Taça de Portugal.

Porém, o Benfica iniciou o encontro quase sempre em baixa rotação. Só depois do golo de Rafa, que passou por Salvio e adiantou o Sp. Braga no marcador com um pontapé imparável, fora do alcance de Ederson (há mais de três anos que o Benfica não sofria golos em casa, em jogos da Taça da Liga), os “encarnados” tentaram colocar mais velocidade na partida. Mas as dificuldades para desfazer a organização defensiva do Sp. Braga foram evidentes e, até ao intervalo, as ameaças limitaram-se a remates de longe de Sílvio e Grimaldo.

O jogo começou a mudar com a primeira substituição feita por Rui Vitória. Jonas entrou para o lugar do desinspirado Renato Sanches e precisou de pouco mais de dez minutos em campo para fazer mais um golo: Carcela, com um grande passe, descobriu o brasileiro entre os dois centrais do Sp. Braga e Jonas, frente a frente com Matheus, não desperdiçou.

O Estádio da Luz, que estava adormecido, despertou. E empurrou a equipa para a reviravolta. O 2-1 teve assinatura de Raúl Jiménez, que aproveitou um falhanço clamoroso de Matheus: após um passe longo de Jonas, o guarda-redes do Sp. Braga deu um pontapé na atmosfera e deixou a bola à disposição do mexicano (ligeiramente adiantado), que só teve de atirar para o fundo da baliza deserta.

Apesar da pressão final do Sp. Braga, com Josué e Aarón a estarem perto do golo, já nada podia separar o Benfica de mais uma final da Taça da Liga. Mas o pensamento e as energias continuam concentradas nas duas finais que restam no campeonato.

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