Benfica ataca Bayer com Júlio César e sem Enzo Pérez

São duas equipas sedentas de pontos as que se enfrentam em Leverkusen, na 2.ª jornada da Liga dos Campeões. Jesus elogia adversário.

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Jorge Jesus não quer escolher só uma competição Rafael Marchante/Reuters

Reza a história que o Benfica nunca conseguiu passar a fase de grupos da Liga dos Campeões sempre que entrou na prova com uma derrota (algo que aconteceu em 1998-99 e 2007-08). Mas o passado recente dos “encarnados”, já sob o comando de Jorge Jesus, também permitiu à equipa alcançar, em 2011, a primeira vitória (0-2) do seu currículo na Alemanha para as competições europeias, em Estugarda. Hoje, é novamente em solo germânico que o campeão português joga parte das suas aspirações na Champions. Com Júlio César a bordo e Enzo Pérez de fora.

O problema na baliza está aparentemente resolvido. O Benfica viajou para Leverkusen com o jovem guarda-redes Bruno Varela na comitiva (Artur e Paulo Lopes estão lesionados) e com Júlio César ainda a recuperar de lesão. A avaliar pelas indicações dadas por Jorge Jesus na conferência de imprensa de ontem, porém, o internacional brasileiro deverá estar apto a jogar.

“Clinicamente parece-nos que está recuperado, mas ainda vai treinar e, se tudo estiver bem, vai para jogo. Se estiver a 100% será ele a jogar”, garantiu o treinador dos “encarnados”, que tem tido dificuldades em sistematizar uma opção na baliza. 

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E se, por um lado, Jesus tem uma dor de cabeça a menos para debelar no sector defensivo, no meio-campo (depois das lesões prolongadas de Fejsa e Ruben Amorim) voltam as tormentas. Enzo Pérez, pedra nuclear da equipa, está em dúvida e a gestão da condição física do argentino é prioritária para o treinador. “O Enzo saiu com algumas limitações do jogo com o Estoril, só amanhã [hoje] saberemos se está a 100%. Não posso apenas pensar na Champions, tenho de pensar também no campeonato, por isso, há grandes possibilidades de ser poupado”, observou.

Se isso acontecer, entre outras possibilidades, André Almeida poderá avançar para o onze, passando Samaris a fazer o papel que tem cabido a Enzo. Ou então, num plano mais arrojado, Gaitán derivar para o meio e Ola John entrar para a ala esquerda. Seja qual for a solução adoptada, Jesus não tem dúvidas das dificuldades que o esperam. “O Bayer é uma equipa de um dos campeonatos mais fortes da Europa, está a fazer uma boa prova, está actualmente no terceiro lugar e isso é sinónimo de que é uma equipa forte”, alertou.

A verdade é que, na Champions, nem Benfica nem Bayer entraram com o pé direito e o facto de não somarem ainda qualquer ponto torna esta partida ainda mais relevante. “O importante não é tanto jogar bem, mas sobretudo ganhar o jogo. Precisamos de assegurar uma posição confortável para abordar os próximos jogos”, defende o treinador Roger Schmidt, que estudou bem o rival: “O Benfica tem muitos sul-americanos que influenciam o seu estilo de jogo e são fortes no um para um. É uma equipa que sabe reagir ao que acontece em campo durante o jogo”.

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