Bélgica apura-se com a maior goleada do Europeu

Húngaros, que complicaram a vida a Portugal, foram derrotados em Toulouse, por 4-0.

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PASCAL GUYOT/AFP

A Bélgica passou neste domingo, sem especiais dificuldades, um teste chamado Hungria, nos oitavos-de-final do Euro 2016. Com um triunfo por 4-0, em Toulouse, confirmado somente nos últimos minutos, a selecção orientada por Marc Wilmots assegurou uma vaga nos quartos-de-final e um embate directo com o País de Gales.

Os belgas confirmaram as intenções manifestadas para este confronto e adiantaram-se bem cedo, por intermédio do defesa Alderweireld (10'), dando expressão ao domínio exercido com absoluta naturalidade.

Com surpreendente espaço para explorar, as ideias fluíam na proporção directa da destreza de De Bruyne e Hazard, puro combustível que alimentava as cavalgadas até às imediações da última barreira húngara.

Em Toulouse assistia-se a um jogo franco, quase despido de espartilhos, em que a Hungria procurava, tranquilamente, perceber até que ponto poderia, com processos simples, forçar uma alteraração dos planos belgas.

A superioridade belga, que De Bruyne procurava a todo o transe materializar, esbarrando ora em Király ora na barra, fomentava a ideia de que tudo não passaria de uma questão de tempo até a bola entrar de novo na baliza magiar.

Uma ilusão desmentida pela sagacidade de homens como Lovrencsics e Dzsudzsák, que já muito perto do intervalo fizeram questão de testar a atenção de Courtois, lembrando que a eficácia pode ser um argumento muito poderoso, especialmente em competições a eliminar.

Neste capítulo, e com contas antigas para ajustar, os húngaros acabaram por recolher para o intervalo com as aspirações ainda intactas, beneficiando não só das intervenções do veteraníssimo Király, mas também do desacerto de Mertens, cujo falhanço ao cair do pano sobre a primeira parte poderia ter desfeito, logo ali, quaisquer interrogações.

A verdade é que os dados alteraram-se ligeiramente depois de reatado o jogo, revelando uma Hungria mais parecida com aquela que baralhou as contas portuguesas.

A entrada de Elek por troca com Gera, autor do golo votado como o melhor da fase de grupos, gerou um efeito positivo que permitiu responder às duas primeiras investidas belgas, com Hazard e Mertens a adiarem uma vez mais o que parecia inevitável.

Mas nem Pintér, nem nenhum outro húngaro foram capazes de fazer melhor em matéria de finalização e o jogo acabou por ser decidido por Wilmots, ao trocar as voltas à defesa contrária com a entrada de Ferreira-Carrasco e Batshuayi para o ataque. Uma injecção que se revelou letal para os húngaros, quando Batshuayi simplificou as contas do apuramento (78'), antes de Hazard colocar um ponto final na discussão com um grande golo, um minuto depois.

Já no tempo extra, e novamente após uma investida pelo lado esquerdo, foi a vez de Ferreira-Carrasco inscrever o nome na lista de marcadores, com um remate de pé esquerdo já no interior da área.

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