O inesgotável Carlos Martins

Médio empurrou o Belenenses para o triunfo sobre o IFK Gotemburgo, na primeira mão da ?3.ª pré-eliminatória.

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Dia 6 de Maio de 2013, data que Carlos Martins jamais irá esquecer. O Benfica, embalado rumo ao título, recebia em casa o Estoril. O ambiente no Estádio da Luz era efervescente, uma espécie de título antecipado. Mas a alegria das “águias” foi sol de pouca dura e a festa transformou-se em pesadelo. Houve surpresa, o Benfica não só empatou como, cinco dias depois, perdeu no Estádio do Dragão e ofereceu de bandeja o título ao FC Porto.

No meio das críticas, dois alvos foram visados: Jorge Jesus e Carlos Martins. O primeiro permaneceu na Luz e foi bicampeão nacional, já o segundo passou por um período de esquecimento. Foi relegado para a equipa B e só voltou a jogar ao mais alto nível em Janeiro deste ano.

Foi no Restelo, com a camisola da cruz de Cristo, que o médio “reencarnou” para o futebol. Exibições de gala — 16 jogos e um golo — que ajudaram o Belenenses a terminar a última edição da Liga no sexto lugar, última vaga de acesso à Liga Europa.

Mas para chegar à fase de grupos da competição, os “azuis” têm de ultrapassar o IFK Gotemburgo na 3.ª pré-eliminatória. O primeiro passo foi dado nesta quinta-feira, com um triunfo justo, por 2-1, no Estádio do Restelo.

Exibição colectiva personalizada, na qual se destacou um jogador: Carlos Martins. Aos 23’, de fora da área, o médio de 33 anos disparou um míssil de pé direito que só parou dentro da baliza. 18 minutos depois, o camisola 22 voltou a fazer das suas: já dentro da área dos suecos, rematou rasteiro e bem colocado e não deu hipóteses de defesa a Alvbage. Sá Pinto sorriu e respirou de alívio, os adeptos da equipa “azul” fizeram a festa e Carlos Martins vibrou como um adolescente.

Mas o maior andamento do IFK Gotemburgo fez-se sentir na segunda parte. Os suecos entraram pressionantes e, aos 57’, reduziram. Engvall rematou, Ventura defendeu de forma incompleta e Aleesami, mais veloz que os defesas contrários, apontou o golo dos líderes da Liga sueca.

De regresso à elite europeia oito anos depois, o Belenenses venceu e parte para a 2.ª mão com uma preciosa vantagem na bagagem. Sá Pinto somou a sexta vitória nas provas da UEFA em sete partidas a jogar em casa.

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