Atlético ultrapassa Chelsea e garante final do Estádio da Luz 100% madrilena

José Mourinho falha a final da Liga dos Campeões em Lisboa depois de perder em casa por 3-1.

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Diego Costa festeja o segundo golo do Atlético em Londres Toby Melville/Reuters

Atlético e Real vão fazer história no Estádio da Luz, em Lisboa, no próximo dia 24 de Maio. Pela primeira vez desde que existem competições europeias, duas equipas da mesma cidade vão defrontar-se numa final. Uma partida 100% madrilena, para onde a equipa de Simeone garantiu nesta quarta-feira um bilhete, após ter eliminado o Chelsea, na meia-final. Depois do empate a zero no primeiro jogo, os “colchoneros” foram destemidamente a Londres bater o conjunto comandado por José Mourinho, por 3-1. E até estiveram a perder.

O treinador português do Chelsea tem um registo curioso na Champions. Sempre que chegou à final venceu (2003-04, pelo FC Porto; 2009-10, ao serviço do Inter de Milão), mas tem uma enorme dificuldade em ultrapassar as meias-finais. Em oito tentativas (cinco consecutivas nas últimas temporadas) falhou seis. Desta vez, foi o Atlético de Madrid quem bateu o pé ao setubalense, que ainda chegou a sonhar, aos 36’, quando Fernando Torres inaugurou o marcador e colocou a sua equipa em vantagem.

Mas a reacção dos espanhóis foi pronta, peremptória e desarmante. Ainda antes do intervalo empataria o encontro, passando para a frente da eliminatória, regressando para a segunda metade mais determinada em solidificar o triunfo do que em defender a curta vantagem. O resultado foram mais dois golos e um conjunto de boas defesas do guarda-redes Courtois (ironicamente emprestado pelo Chelsea) a destroçar as esperanças inglesas.

Depois de uma partida relativamente enfadonha no primeiro jogo em Madrid, muitos vaticinavam uma réplica do encontro extremamente táctico e sem grandes riscos da capital espanhola. Uma bola na barra, logo aos 6’, num cruzamento-remate de Koke prometeu algo mais, mas o jogo voltou um pouco à toada da semana anterior, sem oportunidades claras de golo. Até aos 36’, quando Willian e Hazard se associaram para servir o espanhol Torres que não falhou as redes, ainda que com a ajuda de um calcanhar adversário que traiu Courtois. O belga não voltaria a ser surpreendido.

A reacção do Atlético foi pronta e oito minutos depois empataria o encontro, num lance iniciado pelo português Tiago. O médio cruzou para a área, Juafran foi à linha de fundo e tocou para Adrián López concluir, numa jogada rápida, onde a defesa do Chelsea pareceu algo cerimoniosa.

Durante o intervalo, Simeone terá alertado os seus jogadores para os riscos da curta vantagem do Atlético e a equipa regressou para a segunda metade determinada em ampliar a sua rede de segurança. Logo aos 47’, Arda Turan testou os reflexos do veterano guarda-redes australiano Schwarzer, enquanto na outra área também Courtois passava na prova de fogo, travando um cabeceamento de John Terry.

Mourinho arriscou mais, reforçou o ataque com Eto’o, mas o camaronês, que tantas vezes já salvou o treinador português de apertos, seria agora o seu coveiro. Aos 59’, cinco minutos depois de ter entrado, derrubou Diego Costa na área, com o próprio hispano-brasileiro a transformar em golo o penálti que se seguiu.

Do lado do Chelsea, os livres de Willian levavam perigo à área espanhola (como já acontecera no lance de Terry), mas o poste e, mais uma vez Courtois, evitaram males maiores, num cabeceamento de David Luiz, aos 64’.

As hipóteses de Mourinho foram definitivamente enterradas aos 72’, quando Tiago voltou a cruzar para a área, num lance muito semelhante ao primeiro golo do Atlético, de novo com Juafran a tocar para a área, mas agora com o turco Arda Turan a fazer o papel de matador, para o 3-1 final.

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