O Athletic Bilbau disse nesta quinta-feira que “exigirá responsabilidades” pelo “caos organizativo e o inaceitável comportamento das forças de segurança portuguesas” no jogo da Liga dos Campeões de futebol com o FC Porto, na terça-feira, no Estádio do Dragão.

Numa nota publicada no seu sítio oficial, o clube basco revela que foi informado em relação ao tratamento que estavam o receber os seus adeptos, na hora de chegada ao estádio, com situações de “evidente sobrelotação em alguns sectores do estádio”.

“A polícia portuguesa não atendeu aos pedidos do Athletic para tentar solucionar os problemas que estavam a acontecer”, critica o clube, acrescentando ter provas que demonstram aquilo que dizem ter sido um caos organizativo.

Os espanhóis pretendem agora mostrar esses dados à UEFA, para que o organismo que gere o futebol europeu “possa analisar e julgar” o que aconteceu, juntando essa mesma informação ao relatório do delegado ao jogo, em que o FC Porto venceu por 2-1.

Na crítica, o Athletic Bilbau diz ainda que, enquanto clube visitante, não tem poder para impor o seu ponto de vista num evento organizado por outro clube e com forças de autoridade de fora.

“O Athletic não pode garantir a proveniência e a qualidade de todos aqueles bilhetes que não tenham sido enviados pelo FC Porto e vendidos nas bilheteiras de San Mamés”, refere ainda a nota.

Segundo os espanhóis, os factos denunciados aconteceram porque o FC Porto obrigou centenas de adeptos do Athletic, que tinham comprado bilhetes no Estádio do Dragão, em revenda ou através da Internet a ocuparem a zona do estádio onde já se encontravam 2.500 adeptos espanhóis com bilhetes adquiridos em San Mamés.

Muitos deles entraram no estádio quando já estavam decorridos 20 minutos do jogo, num sector que não era o correspondente ao que figurava no bilhete, e com boa parte das cadeiras do estádio ainda vazias.

Nos números oficiais da UEFA estiveram no Estádio do Dragão, com capacidade para 52.000 espectadores, 38.116 adeptos.

“O Athletic, de modo a defender o interesse dos seus sócios e adeptos, não vai desistir de aclarar e exigir responsabilidades no sucedido e agradecer o comportamento dos adeptos do FC Porto, alheia ao despropósito organizativo de que sofremos”, conclui.