Astana volta a estar ligada a um caso de doping

A equipa do Cazaquistão, onde corre o último vencedor da Volta à França, já soma cinco ciclistas com o seu nome na lista negra.

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A equipa de Vicenzo Nibali está envolvida em vários casos de doping ERIC FEFERBERG/AFP

Passaram a ser cinco o número de casos de doping na Astana. Agora foi Artur Fedosseyev a ter um controlo antidoping positivo. O caso ocorreu no Tour de Ain, no passado dia 16 de Agosto, aumentando a polémica em torno da equipa de ciclismo do Cazaquistão e na qual corre o italiano Vicenzo Nibali, vencedor da última Volta à França.

Fedosseyev junta-se a Ilya Davidenok, Victor Okishev e aos irmãos Valentin e Maxim Iglinskiy. Todos casos positivos registados nesta temporada e que colocam a atribuição da licença WorldTour, correspondente à I Divisão no ciclismo mundial, à equipa cazaque cada vez mais em causa.

Apesar de nos três primeiros casos se tratarem de ciclistas da Astana Continental, formação que compete na III Divisão do ciclismo, os dois últimos corredores integravam a Astana Pro Team, da I Divisão. E, ainda que tecnicamente sejam duas entidades distintas, mais este caso de doping vai ter, certamente, repercursões na decisão de atribuir ou não a licença de actividade à equipa de Nibali.

Ainda antes de ser conhecido mais este caso de doping, Nibali já tinha reagido a esta sucessão de testes positivos entre ciclistas da Astana, dizendo que eram “maus” mas “isolados”. O italiano mostrou-se indignado: “A primeira reacção quando soube destes casos foi de raiva”, declarou o vencedor da Volta à França citado pelo jornal francês Le Monde.

“Isto é um caso isolado. Estamos a falar de dois irmãos [numa referência a Valentin e Maxim Iglinskiy], há coisas que acontecem em família, fora da equipa. É mau porque toda a equipa tem que pagar as consequências, mesmo que não tenha nada a ver com a história”, acrescentou. Pelo menos Maxim Iglinskiy teve um papel importante no auxílio de Nibali durante a sua vitória no Tour.

 “Provavelmente haverá sanções, mas penso são os ciclistas envolvidos que devem pagar e não nós, porque foram eles que erraram”, disse ainda Nibali.

Todos estes casos vêm dar força à posição da União Ciclista Internacional (UCI) que considerou este escândalo de doping uma “situação extremamente séria”, que reflecte uma má imagem da equipa e da sua gestão.

 

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