Aprender para ganhar

 De entre os vários pilotos que estão em destaque no Dakar queria hoje salientar dois, unindo-os no capítulo da aprendizagem. Estou a falar de Sébastien Loeb e de Joaquim Rodrigues.

O piloto francês estreou-se no ano passado, depois de nove títulos de campeão do mundo nos ralis. Mostrou-se, assumiu erros e preparou-se bem para esta edição.

Joaquim Rodrigues tem atrás de si várias temporadas no muito competitivo mundo do motocrosse nos EUA e está a agarrar de forma impecável a oportunidade de competir ao mais alto nível no todo-o-terreno, numa equipa como a Speedbrain, pela qual já passaram Paulo Gonçalves e Joan Barreda. Um projecto apoiado por um construtor indiano que, estou seguro, deve estar radiante com a escolha e a prestação do piloto luso. Veremos que futuro lhe estará reservado.

Mas para estarem no Dakar a este nível, tanto Loeb como Rodrigues tiveram de aprender e a experiência de companheiros de equipa ou de outros pilotos próximos é fundamental. Eu tive a sorte de ser sempre bastante ajudado. Quando comecei no TT, o Carlos Sousa era um livro aberto para mim e foi importante ter tido essa atitude.

Quando as pessoas chegam novas, como era o meu caso — era um miúdo —, é muito importante poder contar com a experiência de um piloto como ele. Obviamente que depois há uma competição e não se pode entregar o ouro a bandido, mas entre colegas da mesma equipa, que estão a trabalhar para um fim comum, não tem de haver grandes jogos ou surpresas.     

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