André Greipel conquistou nesta quinta-feira a 12.ª etapa da Volta a Itália - um percurso de 182 km - em 4h16m, beneficiando do trabalho dos membros da sua equipa, a Lotto-Soudal, num dia em que anunciou o abandono da prova, com vista à participação no Tour, que arranca a 2 de Julho.

Em Veneza, durante os últimos 15 km da corrida, Greipel aproveitou o alinhamento dos seus companheiros para se destacar do pelotão e ultrapassar o australiano Caleb Ewan, da Orica-GreenEdge.

Nos últimos 8 km da etapa, Jurgen Roelandts (Lotto-Soudal) liderava a equipa aquando de uma curva de 300m com 90 graus de inclinação. Estrategicamente, Greipel, num sprint vitorioso, aproveitou o trabalho do belga para fugir de Ewan, que não conseguiu acompanhar o ritmo do alemão. O pódio foi fechado pelo italiano Giacomo Nizzolo (Trek-Segafredo).

“O plano era o Jurgen atingir a última curva primeiro, e deixar um espaço livre para que eu pudesse aproveitar e acelerar. Funcionou muito bem. Eu queria fazer o sprint a partir da curva, e estou muito feliz que tenha resultado”, descreveu Greipel, no final da etapa.

Após conquistar a sua terceira vitória (quinta, sétima e 12.ª etapas), o vencedor – que igualou o também alemão Erik Zabel com 20 vitórias - anunciou que vai abandonar a competição para se poder preparar para os próximos desafios. “A minha época é repleta de objectivos e, obviamente, não estou contente em sair da prova com a camisola vermelha. Mas eu e a equipa tomámos a decisão de ir para casa, de deixar a Volta, e de nos prepararmos para os objectivos futuros”. Com este triunfo, Greipel supera o compatriota Marcel Kittel em vitórias (duas) na actual edição da prova.

Apesar do triunfo do alemão, Bob Jungels (Quick-Step), que terminou em 41.º, continua como camisola rosa da competição.

A próxima etapa tem lugar na sexta-feira em Palmanova e finda em Cividale Del Friuli. Com uma extensão de 170 km, é considerada uma das mais complicadas pelo percurso em montanha.

Texto editado por Nuno Sousa