Pilotos ameaçam greve na Fórmula 1

Em virtude dos atrasos nos salários de Raikkonen, Grosjean, Hulkenberg, Sutil e Kobayashi, 20 pilotos ameaçam não entrar no circuito de Xangai.

Na antevéspera do início dos treinos livres para o Grande Prémio da China, 20 pilotos de Fórmula 1 ameaçaram fazer greve contra atrasos nos salários de Nico Hulkenberg (antigo Sauber), Kamui Kobayashi (Caterham) e Adrian Sutil (quando actuava na Force India) e da dupla da Lotus na temporada passada (Kimi Raikkonen e Romain Grosjean).

De acordo com a revista alemã “Sports Bild”, apenas Raikkonen (Ferrari), que não faz parte da Associação dos Pilotos de Fórmula 1 (GPDA, a sigla original), e Lewis Hamilton (Mercedes) recusaram assinar o documento que defende a paralisação, que será colocada em prática caso as dívidas não sejam saldadas.

Hulkenberg, actualmente na Force India, explicou que “as construtoras já estão cientes da situação”, mas defendeu que os assuntos debatidos nas reuniões “permanecem no grupo”. “Claro que um piloto pode ser facilmente substituído actualmente. Talvez não com a mesma qualidade, mas as equipas podem aproveitar-se disto”, completou.

Ainda assim, o alemão reconheceu que as construtoras “não estão a fazer isto [o atraso] por diversão”. “O dinheiro obviamente não chegou. A Fórmula 1 é um desporto muito caro”, concluiu.

Esta não é a primeira vez que os pilotos da categoria ameaçam fazer uma greve. Em 2009, o aumento no preço da "superlicença" já havia sido motivo de polémica. Dois anos depois, foi a mudança no regulamento, que poderia deixar a categoria menos segura, que quase levou a uma greve. No entanto, nenhuma das duas saiu do papel.

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