Alexandre Mestre admite impedir final da Taça de Portugal no Jamor

Preparação olímpica e paralímpica a três ciclos e revisão do Regime Jurídico das Federações Desportivas são outras revelações do responsável governativo.

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Alexandre Mestre revelou algumas das suas ideias para o desporto Pedro Maia

O secretário de Estado do Desporto e Juventude admitiu nesta quinta-feira não autorizar a realização da final da Taça de Portugal no Estádio Nacional, caso não estejam reunidas as condições técnicas e de segurança necessárias.

“Se não estiverem reunidas as condições, serei o primeiro a dizer que não se deve realizar naquele local”, afirmou Alexandre Mestre, salientando que não prescinde de “todas as condições de segurança e saúde pública necessárias”.

Alexandre Mestre lembrou que a requalificação do estádio, se insere no plano global de requalificação do Jamor, na qual vão ser gastos “um milhão e 600 mil euros em saneamento e estruturas”. O governante referiu que no Instituto Português do Desporto e Juventude (IDJP) foi criada uma divisão para o projecto global de requalificação do Jamor, que é “claramente uma das prioridades do Governo”.

Em relação aos Jogos Olímpicos, Mestre defende a preparação olímpica e paralímpica a três ciclos, até 2024, para evitar os “amargos de boca” após os Jogos sobre a possibilidade de Portugal conquistar mais medalhas, afirmou o secretário de Estado do Desporto e Juventude.

Mestre garantiu ainda que mantém a intenção de convidar Vicente Moura a dar o seu contributo na preparação dos próximos ciclos olímpicos, apesar do recente episódio de fricção entre ambos.

“Convidá-lo-ia novamente, e espero que ainda o faça”, afirmou Alexandre Mestre, que há poucos dias viu Vicente Moura, presidente do Comité Olímpico de Portugal (COP) considerar que o “Governo navega à vista” em matéria de política desportiva. “Tem uma experiência e se ama o desporto como diz que ama, e eu acredito que ama, tem de pensar acima de tudo nos atletas e dizer: face à minha experiência eu acho que o futuro a três ciclos olímpicos deveria ser desta maneira”, referiu o governante.

O secretário de Estado do Desporto assegurou que as 62 federações com Utilidade Pública Desportiva “vão ficar a saber logo em Janeiro com que montante vão poder contar durante o ano”, admitindo que o corte previsto para 2013 ronda em média os nove por cento.

O governante lembrou que em 2013 o orçamento para o desporto ronda os 37 milhões de euros, valor praticamente igual ao deste ano, sobretudo devido à poupança “de quase três milhões conseguida com a fusão entre os institutos do desporto e português da juventude”.

Alexandre Mestre revelou ainda estar disponível para rever o Regime Jurídico das Federações Desportivas (RJFD), por forma a corresponder às reivindicações do movimento associativo. 

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