A Ucrânia contrariou a França e a história

Grécia também encaminhou o apuramento para o Mundial, ao bater a Roménia por 3-1.

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Zozulia inaugura o marcador em Kiev Foto: Franck Fife/AFP
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Mitroglou celebra o primeiro golo da Grécia Foto: Louisa Gouliamaki/AFP
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Ivica Olic e Skulason no Islândia-Croácia Foto: Halldor Kolbeins

Desde a noite desta sexta-feira que o futebol francês está em alerta vermelho. A derrota sofrida em Kiev, frente à Ucrânia (2-0) na primeira mão do play-off de qualificação para o Mundial 2014, deixou os “bleus” em muito maus lençóis e a precisar de uma reviravolta categórica para ainda chegarem ao Brasil. Seja qual for o desfecho da eliminatória, os ucranianos já fizeram um pouco de história.

Para a selecção orientada por Andrei Bal, vencer a França significaria quebrar uma tradição que traduzia sete confrontos entre as duas equipas, com três empates e quatro derrotas. Pelo historial e pela qualidade individual dos jogadores, os gauleses eram favoritos. Mas isso era apenas teoria.

Após uma primeira parte sem golos, a Ucrânia reentrou no Estádio Olímpico a acreditar que poderia aproximar-se da segunda presença na fase final de um Mundial, depois do oitavo lugar na Alemanha, em 2006. E, aos 62’, no seguimento de uma grande jogada colectiva, Roman Zozulia encontrou o caminho da baliza de Lloris.

A perder por 1-0, Didier Deschamps tirou o avançado Loic Rémy e lançou o box-to-box Moussa Sissoko, na esperança de carregar o jogo até às zonas onde Girou, primeiro, e Benzema, depois, pudessem provocar estragos. Mas acabaria por ser o defesa Laurent Koscielny a causá-los, na área da França, ao derrubar Zozulia, aos 82'. Yarmolenko fez o 2-0 , de grande penalidade, e ofereceu à Ucrânia alguma margem de manobra para o jogo da segunda mão, em Saint-Denis.

Entre a espada e a parede fica a selecção francesa, que está agora mais longe de poder limpar a má imagem deixada no Mundial de 2010, torneio no qual não passou da fase de grupos e cuja prestação desencadeou uma cisão completa do balneário e um diferendo que conduziria à saída do então seleccionador, Raymond Domenech.


Complicada será, também, a missão da Roménia, que terá de se reinventar em Bucareste para dar a volta ao desaire por 3-1 sofrido na Grécia. Konstantinos Mitroglou, o homem do momento no campeonato helénico, ao serviço do Olympiacos, marcou aos 14’ e aos 66’, elevando para sete o total de golos em 27 jogos ao serviço da selecção.

Pelo meio, a Roménia ainda chegaria ao 1-1, com um cabeceamento oportuno de Bogdan Stancu a explorar uma má saída do guarda-redes Karnezis. Mas foi um resultado efémero, já que, um minuto depois, Salpingidis aproveitou uma assistência perfeita de Torosidis. Este foi o 21.º triunfo de Fernando Santos em 33 jogos como seleccionador da Grécia.

Antes do duelo de Atenas, já a Islândia tinha imposto um empate à Croácia (0-0). É certo que o jogo foi em Reiquejavique, mas terá sido a equipa nórdica a sair mais satisfeita, tendo em conta que jogou os últimos 40 minutos em inferioridade numérica, por expulsão do médio defensivo Olafur Skulason.


 
 
 
 
 

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